Um garoto de 13 anos, que admitiu ter planejado um tiroteio em massa a uma sinagoga em Ohio, foi condenado a liberdade condicional e a fazer uma pesquisa sobre Carl Lutz, um diplomata suíço que salvou milhares de judeus dos nazistas.

O juiz decidiu também que o menino está proibido de usar a Internet sem supervisão e ordenou que ele passasse por aconselhamento.

De acordo com o relatório, o menino chamou a atenção das autoridades no início de setembro – antes do ataque de 7 de outubro do Hamas a Israel.

O FBI alertou ter detectado “ameaças e planos de incendiar e atirar no Templo de Israel” na Employees for Discord, uma plataforma social popular entre jogadores virtuais.

Não houve indicação de até que ponto o plano de ataque havia progredido ou se o adolescente tinha acesso a armas.

As postagens incluíam plantas e mapas da sinagoga feitos possivelmente pelo suspeito, juntamente com um indivíduo desconhecido do estado de Washington.

O FBI e os xerifes locais entrevistaram o menino em 7 de setembro e ele disse que fazia parte de vários grupos anti-semitas e políticos na plataforma Discord.

A Discord confirmou que detectou as atividades online do menino e o denunciou ao Centro Nacional de Operações de Ameaças do FBI.

O vice-presidente de segurança da Discord disse que a plataforma não permite ódio e extremismo violento “e quando vemos isso, tomamos medidas imediatas”. Segundo ele, “é uma prioridade máxima para o Discord garantir uma experiência segura para nossos usuários.”

A Discord, no entanto, tem sido um lugar de recrutamento de adolescentes para atos terroristas e, no Brasil, foi a plataforma na qual os adolescentes que cometeram os atentados em escolas de São Paulo e do Paraná divulgaram a intenção do crime e foram incentivados por outros adolescentes a cometê-lo.