Gantz, rival de Netanyahu, renuncia ao gabinete de guerra
Principal rival de Netanyahu manifestou apoio ao acordo de reféns apresentado por Biden e exigiu que o premiê israelense o apoie
Principal rival de Benjamin Netanyahu, o ministro Benny Gantz (foto) anunciou neste domingo, 9, que está renunciando ao governo de emergência.
“Netanyahu está nos impedindo de avançar para uma vitória real”, afirmou Gantz em entrevista coletiva. “E hoje estamos deixando o governo de emergência com o coração pesado, mas com todo o coração”.
“Decisões estratégicas fatídicas são recebidas com hesitação e procrastinação devido a considerações políticas”, acrescentou Gantz.
Na coletiva, o ministro manifestou seu apoio ao acordo de reféns apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e exigiu que Netanyahu o apoie.
“Exijo que o primeiro-ministro mostre a coragem necessária para apoiar e fazer tudo para levá-lo adiante.”
Gantz também pediu desculpas às famílias dos reféns. “Fizemos muito, mas falhamos no teste. Não conseguimos trazer muitos reféns para casa. A responsabilidade também é minha”.
Ele também elogiou o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chamou de líder corajoso e determinado.
Netanyahu respondeu ao anúncio de Gantz:
“Israel está em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, agora não é hora de abandonar a luta, é hora de combinar poderes.”
“Cidadãos de Israel, continuaremos lutando até a vitória e a realização de todos os objetivos da guerra, o primeiro dos quais é libertar todos os nossos reféns e eliminar o Hamas”, acrescentou.
Em maio, Gantz anunciou que o partido, o União Nacional (centro-direita), deixaria o governo em 8 de junho se Netanyahu não cumprisse os seguintes objetivos: resgatar os reféns, desmantelar o Hamas e desmilitarizar a Faixa de Gaza, fornecer uma alternativa de governo na região, devolver os residentes do norte de Israel às suas casas e promover a normalização com a Arábia Saudita.
Benny Gantz ingressou no Gabinete de Guerra da Unidade Nacional após o ataque terrorista realizado em 7 de outubro pelo Hamas. O gabinete de guerra tem cinco membros, sendo os três principais Benjamin Netanyahu, Benny Gantz e o ministro da Defesa Yoav Gallant.
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