Furacão Milton: Saiba porque ele ficou tão poderoso
Fenômeno chamou a atenção mundial ao ser observado da Estação Espacial Internacional, intensificando-se rapidamente e atingindo proporções monstruosas.
O furacão Milton chamou a atenção mundial ao ser observado da Estação Espacial Internacional, intensificando-se rapidamente e atingindo proporções monstruosas.
Sob condições extremas criadas pelo aquecimento global, essa formação ciclônica no Golfo do México ilustrou, mais uma vez, as consequências palpáveis das mudanças climáticas.
As emissões de gases de efeito estufa criaram um ambiente propício para o aumento massivo de tempestades na região, desestabilizando o clima global.
Conhecido por sua aceleração inigualável, o furacão Milton viu seus ventos máximos sustentados aumentarem 148 km/h em apenas um dia, subindo impressionantemente nos registros de intensificação de ciclones tropicais.
Tais fenômenos são indicadores claros do impacto humano no planeta. O Dr. Daniel Gilford da Climate Central reforçou que as águas aquecidas do Golfo do México serviram como combustível para a intensificação do furacão, transformando-o em uma ameaça muito mais perigosa.
O que levou à intensificação rápida do furacão Milton
A intensificação rápida de um ciclone tropical é definida por um aumento de mais de 50 nós, ou cerca de 92,6 km/h, nos ventos sustentados em 24 horas.
No caso de Milton, ocorreu um aumento recorde de 148 km/h, evidenciando o papel das mudanças climáticas nesta transformação.
As temperaturas da superfície do mar alcançaram níveis nunca antes vistos, com uma probabilidade que aumentou entre 400 a 800 vezes devido ao aquecimento global.
Segundo o Climate Central, a análise das temperaturas diárias da superfície do mar é feita através dos dados do OSTIA, um sistema europeu de monitoramento climático.
No entanto, problemas de dados relacionados ao furacão Helene limitam as informações disponíveis, exigindo medições alternativas.
Aquecimento do Golfo do México afeta a formação de furacões
A explicação para a explosão de intensidade de Milton reside na enorme quantidade de energia armazenada nas águas superficialmente e até em maiores profundidades do Golfo do México.
Como explicou Hosmay Lopez, oceanógrafo da NOAA, a profundidade crescente da água quente amplifica a energia disponível, essencial para o desenvolvimento de furacões.
Os meteorologistas alertam há anos que ciclones tropicais na região poderiam se intensificar mais que o esperado, por causa do aquecimento das águas.
Como resultado, furacões como o Milton estão criando desafios adicionais para previsões e preparados para tempestades em áreas costeiras.
Ondas de calor marinhas e o impacto climático no futuro
Estudos indicam que as ondas de calor marinhas, intensificadas pelas mudanças climáticas, continuarão a aumentar a frequência e a intensidade dos eventos de rápida intensificação em ciclones tropicais.
Um estudo do Dr. Radfar, publicado no Communications Earth and Environment, destaca a probabilidade 50% maior de intensificação rápida de tempestades em ondas de calor marinhas.
A NOAA previu que a temporada de furacões de 2024 será uma das mais ativas já registradas, com potencial para até 24 tempestades nomeadas.
Até o momento, Milton é a 13ª tempestade nomeada e o quarto grande furacão da temporada, comprovando as tendências previstas pelos especialistas.
À medida que os efeitos do aquecimento global se tornam mais pronunciados, a importância da pesquisa climática e das políticas para mitigar essas alterações se faz cada vez mais urgente.
A sociedade precisa se preparar para enfrentar os desafios climáticos que vêm se manifestando de maneiras cada vez mais dramáticas e evidentes.
Fonte: MetSul Meteorologia
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