O Ministério das Relações Exteriores da França recomendou neste domingo, 14, que seus cidadãos abandonem o Irã em razão da escalada militar do conflito do Teerã com Israel.

“Devido ao novo nível atingido durante a noite pelo Irã e ao risco de uma escalada militar, a Embaixada da França recomenda aos franceses residentes no Irã que têm a possibilidade, em razão da volta do tráfego aéreo internacional, que abandonem temporariamente o país”, diz comunicado do ministério francês.

Na nota, a pasta pede ainda que os cidadãos franceses “sejam extremamente prudentes nos seus deslocamentos, que evitem multidões no país e que se mantenham informados sobre a situação”.

O governo francês afirma ainda que os cidadão são desaconselhados a viajar para o “Irã, Líbano, Israel e Territórios Palestinos”.

Como mostramos mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou os embaixadores do Reino Unido, da França e da Alemanha.

Os diplomatas foram convocados em razão do que o ministério iraniano chamou de “postura irresponsável” dos respectivos países na sequência dos ataques iranianos contra Israel.

A França esteve envolvida no patrulhamento do espaço aéreo de Israel na noite de sábado, 13. O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou “com a maior firmeza” o ataque iraniano e acusou Teerã de querer desestabilizar a região.

Ataque com mais de 300 drones e mísseis

O Irã lançou cerca de 300 drones e mísseis contra Israel. Segundo os militares israelenses, 99% dos projéteis disparados durante a noite foram interceptados pelas defesas aéreas.

Essa foi a primeira ofensiva do Irã ao território de Israel desde o início da guerra contra o Hamas, grupo terrorista aliado do Teerã.

A possibilidade de uma ofensiva iraniana em território israelense começou a ser levantada depois de o líder supremo, Ali Khamenei, prometer que “o regime sionista será punido” após ataque a consulado iraniano em Damasco, na Síria, no último dia 1º. Um dos principais generais do Irã, Mohammad Reza Zahedi, morreu no ataque.