França: Assembleia enterra pedido de impeachment de Macron
todos os presidentes dos grupos políticos de esquerda – socialistas, ambientalistas, comunistas e Insoumis – votaram para que este texto fosse debatido, mas nenhum dos líderes de outro grupo político concordou
Na manhã desta terça-feira, 8 de outubro, a conferência de presidentes da Assembleia Nacional francesa constatou que o procedimento de destituição de Emmanuel Macron não merecia ser incluído na ordem do dia da sessão pública.
O texto apresentado pelos Insoumis, e amplamente rejeitado na semana passada na comissão jurídica, não chegará, portanto, ao hemiciclo do Palais Bourbon. Durante esta reunião, todos os presidentes dos grupos políticos de esquerda – socialistas, ambientalistas, comunistas e Insoumis – votaram para que este texto fosse debatido.
Mas nenhum dos líderes de outro grupo político concordou. Nem Marine Le Pen (RN), que se absteve, nem os movimentos pertencentes à coligação governamental (LR, Horizons, EPR, MoDem).
“A União dos Direitos” de Éric Ciotti (UDR) também se opôs. “Existem outras emergências parlamentares além de entrar nos cenários de comunicação do senhor Mélenchon. Nunca entrarei neste jogo de caos”, explicou o deputado pelos Alpes-Marítimos durante uma conferência de imprensa na Assembleia.
Após este fracasso, o pedido de impeachment dos Insoumis (deputados LFI) tornar-se-á obsoleto dentro de alguns dias. Mas os deputados da LFI já anunciaram através do seu coordenador, Manuel Bompard, que vão reapresentar rapidamente uma nova resolução de impeachment contra o Presidente da República. E isto, “até que a destituição seja discutida na Assembleia”, afirma.
Marine Le Pen salvou Macron?
“Madame Le Pen, que poderia decidir se este debate poderia ocorrer ou não na Câmara, absteve-se. É graças ao grupo RN que Emmanuel Macron não terá de se submeter a um debate sobre o comportamento perigoso que tem ao não respeitar os resultados das urnas”, criticou a presidente do grupo de extrema esquerda, LFI, Mathilde Panot, em conferência de imprensa.
E continuou: “Foi Marine Le Pen quem salvou Emmanuel Macron do processo de impeachment que teria permitido a cada parlamentar expressar-se. Isto prova mais uma vez que o RN não é uma oposição ao governo do senhor Barnier e do senhor Macron mas sim o seguro de vida do sistema.
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