Uma poderosa erupção solar classificada como X9.05, que implica em tempestade solar aqui na Terra, foi registrada no início de outubro, marcando um dos momentos mais intensos do clima espacial da última década.

Este fenômeno não só destaca o comportamento dinâmico do Sol como também tem repercussões para o nosso planeta.

Essas erupções emanam de grupos de manchas solares, especificamente da região AR3842, que já havia demonstrado atividade significativa.

No dia 1º de outubro, uma erupção X7.1 também foi registrada nesta mesma região, acompanhada de uma ejeção de massa coronal (CME).

Agora, com a aproximação destas partículas de alta energia, a Terra pode testemunhar auroras espetaculares.

Erupções e tempestade solar

As erupções solares são explosões intensas de radiação causadas pela liberação de energia armazenada em campos magnéticos solares.

Elas são classificadas em categorias — A, B, C, M e X — com a classe X representando as maiores erupções.

Os eventos de classe X, como a recente X9.05, são os mais poderosos e têm potencial para impactar significativamente o espaço ao redor da Terra.

CMEs afetam a Terra

As ejeções de massa coronal (CMEs) são plumas de plasma solar e campo magnético que viajam pelo espaço após erupções solares.

Quando essas partículas carregadas alcançam a magnetosfera da Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas.

Essas tempestades têm a capacidade de influenciar sistemas de comunicação e navegação, além de gerar fenômenos visuais impressionantes, como auroras boreais e austrais.

• Auroras Boreais: Vistas no hemisfério norte, especialmente em regiões próximas ao Círculo Polar Ártico.
• Auroras Austrais: Visíveis no hemisfério sul, com aparições em locais como a Antártica e partes da América do Sul.

Ciclos Solares

O Sol passa por ciclos de atividade que duram aproximadamente 11 anos, conhecidos como ciclos solares.

Atualmente, estamos no pico de um desses ciclos, o que explica a frequência das erupções solares e as consequentes auroras.

Eventos particularmente intensos, como os registrados em maio deste ano, produziram auroras visíveis até em regiões inesperadas como o México e o Caribe.

Expectativas dos Observadores de Céu com a tempestade solar

Diante das condições atuais, o Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA emitiu um alerta de tempestade geomagnética de classe G3, ativa até 6 de outubro.

Isso sugere que regiões próximas aos polos podem esperar shows de luzes incríveis no céu noturno.

O que também é uma excelente oportunidade para fotógrafos e astrônomos amadores registrarem essas maravilhas celestiais.

• Verifique previsões de auroras para sua região.
• Escolha áreas longe de poluição luminosa para observação.
• Se possível, utilize câmeras com configurações adequadas para captar luzes fracas.

Este aumento na atividade solar serve como um lembrete dos complexos sistemas que operam além do nosso planeta e como eles influenciam a Terra.

Para aqueles interessados em meteorologia espacial, é um período empolgante para acompanhar os desenvolvimentos contínuos e suas consequências aqui na Terra.

Fonte: MetSul Meteorologia