Foguete ucraniano deixa um rastro de soldados russos mortos
A agência de notícias ucraniana Unian informou que Moscou poderia ter perdido “200 a 490 pessoas, no que poderia se tornar uma das maiores perdas únicas desde o início da guerra em grande escala”
Um ataque de foguete ucraniano deixou um rastro de soldados russos mortos e veículos militares incendiados em um dos ataques mais sangrentos da guerra.
Imagens noturnas surgiram na manhã de sexta-feira, 9 de agosto, mostrando o que parecia ser uma fila de caminhões militares em chamas em uma estrada na região de Kursk, na Rússia.
Um vídeo separado, compartilhado nas redes sociais russas, aparentemente feito por alguém que passava por lá após o ataque, mostrava corpos de soldados russos mortos nas traseiras de alguns dos 14 caminhões que estavam no comboio.
O comboio provavelmente transportava reforços para enfrentar o ataque surpresa de Kiev à região de Kursk.
Outros veículos apareciam completamente queimados após o ataque, que blogueiros militares russos disseram ter sido realizado com lançadores de foguetes Himars doados pelos EUA.
“Muitos mortos, alguns dos veículos totalmente queimados. Parece que toda a coluna transportava infantaria”, escreveu um canal russo do Telegram sobre o ataque.
“Eles estavam armados, provavelmente um pelotão por veículo. 3-4 companhias – um batalhão inteiro foi destruído. A julgar pela aparência da coluna, cerca de metade foi morta. Este é um dos ataques mais sangrentos e massivos em toda a guerra”, dizia o canal.
A agência de notícias ucraniana Unian informou que Moscou poderia ter perdido “200 a 490 pessoas, no que poderia se tornar uma das maiores perdas únicas desde o início da guerra em grande escala”.
Preso por divulgar imagens do ataque
O serviço de segurança FSB da Rússia prendeu um homem de 48 anos, de Oktyabr’skoe, por compartilhar imagens das consequências do ataque, de acordo com o canal Russian Two Majors Telegram.
Ataque surpresa
A Ucrânia lançou a sua incursão surpresa na região russa de Kursk na manhã de terça-feira, 6 de agosto. Desde então, Kiev trouxe até 2.000 soldados, acompanhados por tanques e veículos blindados fabricados nos EUA, numa tentativa de consolidar os seus ganhos na região fronteiriça russa.
A cidade de Sudzha, que abriga uma das últimas estações de trânsito que bombeia gás russo para a Europa, está sob controle ucraniano há dias.
Segundo fontes locais, a Rússia está retirando tropas e equipamentos de outras áreas e enviando para Kursk, a região russa que a Ucrânia está invadindo desde terça. O objetivo do ataque seria obrigar Putin a enfraquecer a sua invasão.
O Ministério de Emergências de Moscou declarou na sexta-feira estado de emergência federal na região de Kursk.
A Rússia já respondeu à ofensiva ucraniana com um ataques a um supermercado e um escritório dos correios em Kostyantynivka, na região de Donetsk. Pelo menos 4 civis morreram e 24 ficaram feridas.
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