Famílias ainda buscam respostas um ano após trágico terremoto na Turquia
Um ano após o devastador terremoto na Turquia, famílias continuam sua busca por respostas sobre seus entes queridos desaparecidos.
O dia 6 de fevereiro de 2024, marca um ano desde que um terremoto de magnitude 7.8 atingiu o sul da Turquia. Considerado um dos desastres mais trágicos na história moderna do país, a catástrofe resultou na perda de cerca de 53.000 vidas no solo turco e outros 6.000 na Síria vizinha. No entanto, o trauma daquele dia continua evidentemente vivo para muitos, principalmente para as famílias cujos amados ainda estão desaparecidos.
O desaparecimento de Gulec
Foi o caso de Tugba Akyuz e sua família, que ainda buscam por Mustafa Batuhan Gulec, seu irmão. Na manhã do terremoto, eles encontraram apenas escombros onde antes ficava o prédio de cinco andares onde Gulec morava. “Todos têm um lugar para ir em 6 de fevereiro. Nós não temos para onde ir. Queremos ao menos saber onde ele está,” desabafou Akyuz.
A família Akyuz não está sozinha. Segundo um grupo de defesa turco, ainda há 140 pessoas desaparecidas desde o terremoto. Essas famílias continuam buscando respostas das autoridades, angustiadas sobre o que pode ter acontecido com seus entes queridos nos destroços, hospitais e cemitérios.
As investigações
Akyuz, uma advogada de 34 anos, afirmou que a família procurou pistas no fórum, cemitério e registros hospitalares. Eles até registraram um boletim de ocorrência sobre a pessoa desaparecida no escritório do promotor. No entanto, nada produziu resultados concretos. Agora, ela acredita que seu irmão foi enterrado em uma cova sem nome ou no lugar de outra pessoa.
O pedido das famílias
A Associação para a Solidariedade com as Vítimas do Terremoto e os Parentes dos Desaparecidos (DEMAK) tem sido uma defensora dessas famílias. Seu diretor, Selahattin Kaban, reiterou seu pedido para que o parlamento estabeleça um inquérito. “Mesmo que nossos entes queridos desaparecidos estejam mortos, queremos que seus túmulos sejam encontrados,” afirmou.
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