Ex-sogro de Diana é denunciado por agressão sexual
O falecido bilionário egípcio Mohamed Al Fayed, ex-dono da loja de departamentos Harrods, foi acusado de agressão sexual por várias mulheres.
Um total de 37 mulheres de diversas partes do mundo acusaram o falecido bilionário egípcio Mohamed Al Fayed – pai de Dodi Al Fayed, ex-parceiro da princesa Diana, e ex-proprietário da famosa loja de departamentos britânica Harrods – de agressão sexual. Os advogados das vítimas anunciaram essas acusações em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (20).
“Chegou a hora de fazer justiça”, declarou a advogada americana Gloria Allred, que faz parte da equipe de advogados representando as vítimas. Outro advogado, Dean Armstrong, revelou que a icônica loja de departamentos em Londres será alvo de medidas legais “em nome da responsabilidade coletiva da empresa”, acusando-a de “não oferecer um sistema seguro de trabalho”.
Quem foi Mohamed Al Fayed?
Mohamed Al Fayed, magnata egípcio que faleceu em 2023 aos 94 anos, foi uma figura influente e controversa. Al Fayed vendeu a Harrods em 2010 ao fundo Qatar Investment Authority. Sua vida foi marcada por escândalos e alegações de má conduta. Uma investigação recente da BBC revelou novas acusações de estupro e agressão sexual, com base no testemunho de várias mulheres.
Como surgiram as acusações?
Na quinta-feira, a BBC exibiu um documentário e lançou um podcast em que Mohamed Al Fayed foi acusado de estupro e agressão sexual. A investigação da emissora britânica entrevistou 20 mulheres que alegaram terem sido agredidas pelo ex-proprietário da Harrods em suas propriedades em Londres e Paris entre o final dos anos 1980 e a década de 2000. Dessas entrevistadas, cinco o acusaram de estupro, segundo o documentário intitulado “Al Fayed: Predator at Harrods”.
O que dizem os advogados das vítimas?
O advogado Bruce Drummond afirmou que existem vítimas de Al Fayed “em todo o mundo” e encorajou mais mulheres que possam ter sido agredidas pelo magnata a denunciarem seus casos. Dean Armstrong descreveu Al Fayed como “um monstro que sabia agir graças a um sistema”. Ele destacou que, se a administração da Harrods decidir indenizar financeiramente essas mulheres, isso seria bem-vindo, mas enfatizou que as vítimas não querem ser vistas como buscando apenas compensação financeira.
Quais são as medidas legais em andamento?
As ações legais contra a Harrods buscam responsabilizar a empresa por não proteger seus funcionários de um ambiente de trabalho inseguro. Os advogados das vítimas estão preparando processos para garantir que a loja de departamentos responda por essas acusações. O objetivo também é estabelecer um precedente para que outras empresas não negligenciem a segurança e o bem-estar de seus trabalhadores.
Impacto das acusações na imagem de Mohamed Al Fayed
A imagem de Mohamed Al Fayed, já marcada por polêmicas e escândalos, foi ainda mais comprometida com essas novas revelações. As acusações e o documentário estimularam discussões sobre a cultura do silêncio e a proteção de pessoas poderosas em várias indústrias, incluindo o setor de varejo de luxo. A derrocada de Al Fayed serve como um lembrete sombrio da necessidade de proteger os direitos das vítimas e criar ambientes de trabalho seguros e justos.
Essas revelações impulsionaram um movimento de solidariedade entre as vítimas e aumentaram a conscientização sobre a importância de denunciar abuso e assédio, independentemente do status ou poder do agressor. A luta pela justiça continua, com advogados e vítimas empenhados em garantir que Mohamed Al Fayed e a Harrods enfrentem as consequências de suas ações.
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