Ex-ministro Abalos resistente à renúncia em meio a escândalo de corrupção na Espanha
Descubra mais sobre a crise política na Espanha centrada no ex-ministro José Luis Abalos, acusado em um escândalo de corrupção.
Nessa segunda-feira, o governo espanhol deu ao ex-ministro dos Transportes, José Luis Abalos, 24 horas para se demitir como deputado, depois da sua assistente ser presa sob a suspeita de receber pagamentos para facilitar contratos para a produção de máscaras durante a pandemia de COVID-19.
Esther Peña, porta-voz do Partido Socialista Espanhol, em conferência de imprensa, indicou que, embora Abalos não tenha sido acusado de qualquer crime, o partido acredita que ele carrega a “responsabilidade política”.
O posicionamento de Abalos
José Luis Abalos defendeu-se alegando inocência em entrevista à televisão La Sexta e disse que não tem planos de se demitir. Segundo ele, se o suposto escândalo tivesse ocorrido durante o seu mandato, teria renunciado.
Ainda de acordo com o jornal Publico, Abalos afirmou que renunciou ao cargo de presidente do comitê de assuntos internos no parlamento, mas ainda está considerando a renúncia como deputado.
Impacto na política espanhola
Esta suposta crise política ocorre enquanto o primeiro-ministro Pedro Sanchez luta para progredir em um novo mandato com um governo dependente do apoio precário dos nacionalistas catalães. Ao mesmo tempo, enfrenta críticas pesadas sobre a concessão de uma controversa anistia em troca dos votos daqueles no parlamento.
Os promotores anti-corrupção acusam Koldo Garcia, assistente pessoal de Abalos, de receber pagamentos para agir como intermediário entre o governo e a empresa Soluciones de Gestion y Apoyo a las Empresas SL. A empresa, criada em 2017, tem como objetivo fornecer geradores de eletricidade.
O futuro de Abalos e a luta contra a corrupção
Se Abalos sair, será automaticamente substituído por outro deputado socialista, de acordo com o sistema parlamentar espanhol, portanto, isso não afetará o número de assentos do partido.
Caso se recuse a renunciar e seja expulso do partido, ele poderá continuar a servir como deputado independente.
Esther Pena afirmou que não há espaço para corrupção no partido e que o governo está lançando um comitê parlamentar para investigar todos os contratos atribuídos durante a pandemia. Esta decisão demonstra o compromisso do governo espanhol em manter a transparência e a luta contra a corrupção em seu país. Além disso, ressalta a importância do escrutínio público na gestão da crise de saúde pública gerada pelo COVID-19.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)