Ex-deputado republicano é acusado de lobby ilegal para a Venezuela
David Rivera, político republicano, é indiciado por lavagem de dinheiro e atuação como agente estrangeiro
David Rivera, ex-deputado republicano da Flórida, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de atuar como agente estrangeiro sem registro.
Segundo a denúncia, ele teria recebido mais de US$ 5,5 milhões de Raul Gorrín, empresário venezuelano proibido de realizar negócios nos Estados Unidos por envolvimento em corrupção.
Nos Estados Unidos, pessoas ou empresas consideradas envolvidas em crimes financeiros, violações de direitos humanos ou ameaças à segurança nacional podem ser incluídas na lista da OFAC (Office of Foreign Assets Control).
Isso significa que elas ficam proibidas de acessar o sistema financeiro americano, de negociar com empresas ou cidadãos dos EUA e têm seus bens bloqueados no país. Raul Gorrín está nessa lista devido à sua ligação com o governo de Nicolás Maduro e a acusações de corrupção envolvendo dinheiro público.
O caso envolve a criação de empresas de fachada para ocultar a origem dos pagamentos, além de ações de lobby destinadas a influenciar autoridades norte-americanas em favor do governo venezuelano, o que constitui uma violação à Lei de Registro de Agentes Estrangeiros (FARA).
Um político envolto em polêmicas
Rivera, nascido em Nova York e ativo na política da Flórida, foi membro da Câmara dos Representantes do estado entre 2002 e 2010, onde presidiu o comitê de apropriações. Após sua passagem pelo Congresso, sua carreira foi marcada por denúncias de corrupção e tentativas frustradas de retorno à vida pública, como nas eleições de 2014, 2016 e 2018.
As acusações atuais não são as primeiras envolvendo o ex-parlamentar. Em 2022, Rivera foi preso sob alegações de que tentou agir como agente do governo venezuelano sem o registro necessário, reforçando seu histórico de controvérsias.
Rivera nega as acusações, classificando o indiciamento como “politizado” e “sem fundamento”. Seu advogado preferiu não comentar o caso. Apesar disso, especialistas apontam que as evidências apresentadas complicam sua defesa e tornam improvável qualquer retorno significativo à política.
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