Evo Morales entregou uma procuração ao seu advogado, o ex-ministro Wilfredo Chávez, para que tente registrá-lo como candidato ao Senado nas eleições programadas para o dia 3 de maio.

Em nota, o partido de Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), diz que o ex-presidente da Bolívia “aceitou o pedido da Direção Departamental de Cochabamba do MAS para assinar uma autorização diante da possibilidade de ser designado candidato à Assembleia Legislativa”.

Legalmente, Morales não pode se candidatar à presidência do país, mas teoricamente nada o impede de tentar uma cadeira no Senado. Por outro lado, segundo juristas ouvidos pelo jornal El Deber, o ex-presidente responderia no país pelas acusações de sedição e terrorismo — e poderia até ser preso, dependendo do desfecho do processo.

“Evo Morales pode ser preso no país, ainda que eleito deputado, senador, governador ou prefeito. A proteção que têm os parlamentares no exercício de seu mandato não é válida para delitos graves ou crimes comuns”, afirma o advogado constitucionalista José Luis Santisteban.