A descoberta de um manuscrito de aproximadamente 1.600 anos, se revelou uma preciosidade para os estudiosos da história do cristianismo, mas especificamente sobre a infância de Jesus.

Este documento, encontrado por Lajos Berkes e pelo brasileiro Gabriel Nocchi Macedo, contém fragmentos do que é conhecido como o “Evangelho da Infância”, um texto que nunca fez parte do cânone bíblico cristão.

Embora as repercussões deste achado tenham gerado uma série de manchetes sensacionalistas, os responsáveis pela descoberta asseguram que o conteúdo do manuscrito não altera as informações já conhecidas sobre Jesus.

O fragmento foi encontrado na conceituada Biblioteca Estatal e Universitária Carl von Ossietzky, em Hamburgo, e faz parte de uma coleção reconhecida, eliminando quaisquer dúvidas sobre sua autenticidade.

O que revela o manuscrito sobre a infância de Jesus?

O texto descreve episódios da vida de Jesus aos cinco anos, manifestando comportamentos que surpreendem pelo teor de sua natureza.

Um exemplo é a narrativa onde ele, brincando ao lado de um riacho, cria pássaros de argila que ganham vida.

Este tipo de história destoa da figura tradicional de Cristo e ilustra um lado seu menos conhecido, discutido há séculos pelos estudiosos.

Texto nunca foi incluído nos Evangelhos canônicos

Identificado como apócrifo e qualificado por alguns como herético, o “Evangelho da Infância” ou “Pseudo-Tomé”, traz rituais e eventos que contrastam com os textos bíblicos aceitos.

A Igreja optou por excluir tais escritos do cânon por considerá-los incoerentes com a imagem que queriam consolidar de Jesus.

Impacto acadêmico da descoberta

A descoberta feita por Berkes e Macedo é impressionante sob o ponto de vista linguístico e histórico.

Eles planejam, agora, uma revisão completa do manuscrito e uma nova tradução para desvendar ainda mais sobre a linguagem e o estilo do texto.

Esta investigação poderá oferecer novas perspectivas sobre a linguagem inicial do cristianismo e sobre variações textuais em documentos antigos.

Além disso, há o fascínio contínuo acerca de descobertas que abrem novas janelas para a vida de uma das figuras mais influentes da história humana.

Este tipo de achado não só desperta interesse acadêmico, mas também captura a imaginação do público geral.

Origem do Manuscrito: Séculos 4º e 5º.

Local da Descoberta: Biblioteca Estatal e Universitária Carl von Ossietzky, Hamburgo.

Significado: Oferece novas nuances sobre a infância e a personalidade de Jesus.

Projeto Futuro: Revisão e nova tradução do texto.

Embora o fragmento encontrado não vá alterar drasticamente o conteúdo dos evangelhos, ele enriquece o campo de estudo com novas informações e questionamentos sobre a diversidade de relatos da vida de Jesus, inspirando tanto a comunidade acadêmica quanto os curiosos por história religiosa a explorar mais profundamente as raízes do cristianismo.