Eurodeputada exorta “franco-palestinos” a se juntarem à “resistência armada palestina”
Rima Hassan, que obteve a cidadania francesa em 2010, é neta de refugiados palestinos que se estabeleceram na Síria após a guerra de 1948
A eurodeputada Rima Hassan, membro do partido francês de extrema esquerda, La France Insoumise, voltou a gerar controvérsia com suas declarações recentes nas redes sociais.
Em uma postagem na plataforma X, ela argumentou que se os Franco-Israelenses podem servir nas Forças Armadas de Israel enquanto desfrutam dos benefícios da dupla nacionalidade, então, por sua vez, todos os Franco-Palestinos devem ter o direito de se unir à resistência armada palestina.
“Colonialidade do mundo”
Segundo Hassan, essa resistência é legitimada pelas resoluções da ONU que reconhecem o direito dos povos à autodeterminação.
Hassan fez referência à resolução da ONU de 30 de novembro de 1973, que reafirma a legitimidade das lutas pela independência e pela integridade territorial dos povos, incluindo o uso de todos os meios disponíveis para se libertarem do colonialismo e da ocupação. Em suas palavras, “a única coisa que impede essa consideração é a colonialidade do mundo”.
No entanto, as autoridades francesas rebatem a ideia de que a resistência armada palestina seja legítima. O Hamas, um dos principais grupos envolvidos na luta armada palestina, é classificado como uma organização terrorista pelo governo francês.
Ademais, a França não reconhece o Estado da Palestina, o que implica na não concessão da nacionalidade palestina aos seus cidadãos.
Franco israelenses
Por outro lado, o serviço militar para Franco-Israelenses é permitido devido a um acordo bilateral entre França e Israel, que possibilita que cidadãos com dupla nacionalidade sejam convocados em situações de conflito.
Recentemente, foi reportado que 4.815 soldados com cidadania francesa estavam servindo nas Forças Armadas israelenses.
Rima Hassan
Rima Hassan, que obteve a cidadania francesa em 2010, é neta de refugiados palestinos que se estabeleceram na Síria após a guerra de 1948.
Ela tem um histórico conhecido de críticas contundentes a Israel e apoio à causa palestina.
Em abril deste ano, Hassan foi convocada pela justiça francesa sob a acusação de apologia ao terrorismo, após declarar que as ações do Hamas eram “legítimas”.
Leia também: Eurodeputada francesa participa de manifestação pró-Hamas
França: estupro e tortura de menina deficiente por ativista LGBT+
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)