EUA restringe perfurações no Alasca e causa atrito
Descubra como a proibição de perfuração no Alasca por Biden impacta o meio ambiente e a economia local. Medidas dividem opiniões.
A administração de Joe Biden tomou decisões significativas que influenciam tanto a perfuração de petróleo e gás quanto a mineração no Alaska. Estas medidas, anunciadas na sexta-feira, despertaram reações mistas. Oficiais do estado protestam, alegando perda de empregos e maior dependência dos EUA em recursos estrangeiros. Por outro lado, ambientalistas celebram as iniciativas como um grande passo para a conservação ambiental e o combate às mudanças climáticas.
Proteção de Terras Públicas e a Resposta das Comunidades Indígenas
O Departamento do Interior finalizou uma regulamentação que impede o desenvolvimento de petróleo e gás em 40% da Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), dedicada a proteger os habitats de ursos polares, caribus, entre outras espécies, bem como o modo de vida das comunidades indígenas. A decisão, segundo o Presidente Biden, visa honrar a cultura, história e sabedoria duradoura dos nativos do Alasca, que cuidam dessas terras desde tempos imemoriais.
Contudo, a população nativa do Alasca mostrou-se dividida. Grupos opõem-se veementemente às restrições, argumentando que os impostos sobre a indústria são essenciais para o sustento de suas escolas e infraestrutura comunitária. “A regra final da NPR-A prejudica os residentes que o governo federal pretende ajudar, retrocedendo anos de progresso e colocando em risco nossa cultura Iñupiaq”, afirmou Nagruk Harcharek, presidente da Voice of the Arctic Iñupiat.
O Projeto de Acesso Ambler entre Controvérsias e Desenvolvimento Econômico
O projeto de acesso Ambler, proposto pela Autoridade de Desenvolvimento e Exportação Industrial do Alasca, busca possibilitar o desenvolvimento de minas em uma área rica em depósitos de cobre, zinco e chumbo. No entanto, a análise ambiental do BLM recomendou “nenhuma ação” como a alternativa preferida, rejeitando a proposta devido a riscos para as populações de caribus e peixes, vitais para dezenas de comunidades nativas.
Apesar da rejeição, a Ambler Metals, uma das empresas interessadas, promete não desistir do projeto. “Continuamos comprometidos com este importante projeto e avançaremos usando todas as vias possíveis”, ressaltou Kaleb Froelich, diretor administrativo da empresa.
Segurança Energética em Debates e a Visão de Futuro
Senadores republicanos do Alasca e de outros estados expressaram ceticismo e preocupação quanto à segurança energética nacional, em uma conferência na quinta-feira. “Quando você restringe acesso aos nossos recursos, quando diz que não pode perfurar, produzir, explorar ou transportar, é sobre a insegurança energética que estamos falando”, explicou a senadora Lisa Murkowski.
Ambientalistas, no entanto, apoiando as decisões, veem-na como crucial para proteger habitats e recursos culturais, especialmente em um momento de mudanças climáticas significativas na região Ártica. “Esta nova regra é absolutamente necessária para proteger aves, caribus e peixes”, destacou David Krause, diretor executivo interino do Audubon Alaska.
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