EUA recicla ogivas nucleares e transforma em combustível EUA recicla ogivas nucleares e transforma em combustível
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EUA recicla ogivas nucleares e transforma em combustível

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 09.09.2024 10:44 comentários
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EUA recicla ogivas nucleares e transforma em combustível

Os EUA estão transformando ogivas nucleares em combustível nuclear de alta densidade energética (HALEU), garantindo independência energética

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EUA recicla ogivas nucleares e transforma em combustível
Créditos: depositphotos.com / vchalup2

Na cidade silenciosa de Oak Ridge, Tennessee, cientistas e engenheiros estão trabalhando em um projeto audacioso e inovador. A mesma instalação que, décadas atrás, foi crucial no Projeto Manhattan, agora está envolvida em uma nova missão: transformar ogivas nucleares desativadas em combustível para reatores nucleares.

Segundo reportagem da CNN, o processo envolve derreter urânio altamente enriquecido de ogivas e misturá-lo com urânio de baixo enriquecimento em um cadinho aquecido a cerca de 1300ºC. O resultado é um material que, uma vez resfriado, se assemelha a carvão preto e pode ser manuseado com segurança. Esse novo combustível será fundamental para alimentar a próxima geração de reatores nucleares nos Estados Unidos.

Transformação de Ogivas Nucleares: Uma Nova Fonte de Energia

Este novo combustível destina-se às centrais nucleares menores e modulares. Essas centrais são mais eficientes, exigem menos manutenção e ocupam menos espaço físico do que os reatores convencionais. Além disso, essas novas estruturas são mais fáceis e baratas de construir, o que representa uma vantagem significativa em termos de investimentos e sustentabilidade.

No entanto, esses novos reatores nucleares necessitam de urânio mais enriquecido, uma matéria-prima com maior densidade energética. Até pouco tempo atrás, os Estados Unidos dependiam em grande parte da Rússia para obter esse tipo de urânio. Mas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, uma nova lei bipartidária foi aprovada, interrompendo essa importação e aumentando a urgência de uma produção doméstica.

Por que os EUA Precisam de Combustível Nuclear Especial?

Atualmente, cerca de 20% da energia consumida nos EUA provém de reatores nucleares. A energia nuclear é uma fonte de eletricidade confiável e limpa, o que é crucial para atender às metas de segurança energética e redução de emissões de carbono do país.

A indústria está cada vez mais inclinada a utilizar reatores menores que operam com HALEU (urânio de baixo enriquecimento de alto teor). Esses reatores modernos não só ocupam menos espaço, como também possuem uma vida útil mais longa e são mais versáteis, podendo ser instalados em diferentes locais com maior facilidade.

Produção de HALEU nos EUA: Desafios e Avanços

Reduzir ogivas nucleares desativadas não é a única maneira de produzir HALEU. Em várias partes do país, diferentes instalações também estão empenhadas nesse processo. A expectativa é que essa produção interna cresça significativamente para atender a demanda futura. Nos próximos meses, o governo federal deve investir mais de US$ 2 bilhões em empresas de enriquecimento de urânio para fortalecer a cadeia de abastecimento.

Qual é o Próximo Passo para o HALEU nos EUA?

O grande desafio agora é aumentar a produção de HALEU para suprir integralmente as necessidades da indústria de reatores avançados. “A solução a longo prazo é que temos de ter enriquecimento”, afirmou Jeff Chamberlin, especialista em não-proliferação nuclear de defesa.

Embora a reconversão de ogivas nucleares em combustível seja uma solução viável, a quantidade de HALEU obtida dessa forma é limitada. Será necessário incrementar a capacidade de produção para atender à crescente demanda de combustíveis para novos reatores nucleares nos Estados Unidos.

A iniciativa de transformar ogivas nucleares em combustível representa um passo significativo na direção de uma matriz energética mais segura e eficiente nos EUA. Contudo, a expansão das capacidades de enriquecimento de urânio será indispensável para alcançar a independência energética e cumprir as metas climáticas a longo prazo.

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