EUA prometem apoiar “retorno à democracia” na Venezuela
Governo americano aplicou novas restrições a alto escalão do ditador Nicolás Maduro
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos apoiarão “o retorno à democracia” na Venezuela, em meio à nova posse ilegítima do ditador Nicolás Maduro nesta sexta, 10.
“O povo venezuelano e o mundo sabem que Nicolás Maduro claramente perdeu a eleição presidencial de 2024 e não tem o direito de reivindicar a presidência hoje. Estamos prontos para apoiar o retorno à democracia na Venezuela“, escreveu no X.
A partir de 20 de janeiro, o presidente eleito, Donald Trump, será o responsável pela estratégia americana sobre a Venezuela. O republicano divulgou uma mensagem nas redes sociais nesta quinta, 9, criticando o sequestro da líder da oposição, Maria Corina Machado, após uma manifestação em Caracas.
“A grande comunidade venezuelana-americana nos Estados Unidos apoia esmagadoramente uma Venezuela livre, e me apoiou fortemente. Esses guerreiros da liberdade não devem ser prejudicados e devem permanecer seguros e vivos!”, escreveu.
Sanções a autoridades
Em comunicado, o governo americano estabeleceu uma série de sanções a autoridades venezuelanas que apoiam a repressão do regime chavista nesta sexta-feira, 10.
Segundo o Tesouro do país, estão entre os sancionados o presidente da PdVsa, a empresa petrolífera estatal da Venezuela, o Ministro do Transporte de Maduro, alto escalão do Exército e da polícia:
“Os indivíduos sancionados, de acordo com a Ordem Executiva (EO) 13692, conforme alterada, incluem o presidente da Petróleos de Venezuela, SA, (PdVSA), a empresa petrolífera estatal da Venezuela, e o Ministro dos Transportes de Maduro e presidente do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos (CONVIASA), a companhia aérea estatal. Além disso, o OFAC está sancionando autoridades venezuelanas de alto escalão nas forças armadas e na polícia que lideram entidades com papéis na execução da repressão de Maduro e abusos de direitos humanos contra atores democráticos.”
A União Europeia, o Reino Unido e o Canadá também adotarão as medidas contra o regime.
“Os Estados Unidos, juntamente com nossos parceiros de pensamento semelhante, estão solidários com o voto do povo venezuelano para uma nova liderança e rejeitam a alegação fraudulenta de vitória de Maduro“, afirmou o Subsecretário Interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Bradley Smith.
Recompensas
O Departamento de Estado está oferecendo ofertas de recompensa de até US$ 25 milhões por informações que levem à prisão de Maduro, de seu número 2, Diosdado Cabello, e do Ministro da Defesa, Vladmir Padrino.
“O Departamento de Estado também impôs novas restrições de visto sob a Proclamação Presidencial 9931 a autoridades alinhadas a Maduro que minaram o processo eleitoral na Venezuela e são responsáveis por atos de repressão“, diz trecho.
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