EUA ‘preocupados’ com proibição de barriga de aluguel na Itália
Washington teme que os pais de cidadãos americanos nascidos por meio de barriga de aluguel e que vivem na Itália possam não ser reconhecidos como pais ou possam ter menos proteção legal
O Departamento de Estado dos Estados Unidos teme que os americanos na Itália possam infringir a lei depois que o governo italiano criminalizou o uso de barrigas de aluguel, na semana passada.
Embora a barriga de aluguel já seja proibida na Itália, o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni aprovou, em 17 de outubro, uma legislação tornando o uso de barrigas de aluguel um crime universal na Itália — o que significa que italianos que usarem uma barriga de aluguel em qualquer lugar do mundo podem ser afetados pela nova lei.
Washington teme que os pais de cidadãos americanos nascidos por meio de barriga de aluguel e que vivem na Itália possam não ser reconhecidos como pais ou possam ter menos proteção legal.
“Após essa nova lei, os EUA estão preocupados com o que acontecerá com os cidadãos americanos na Itália nascidos por meio de acordos de barriga de aluguel. Crianças cujos pais legais não são reconhecidos ficam sem proteções legais importantes”, disse um porta-voz do Departamento de Estado ao jornal italiano La Repubblica.
“Os Estados Unidos continuarão a promover um mundo livre de discriminação, para que os membros de todas as famílias e todas as pessoas, incluindo LGBTQI+, possam viver com dignidade e respeito por seus direitos humanos”, acrescentou o representante do governo americano.
Os comentários marcam uma rara fonte de tensão entre os governos de Meloni e do presidente dos EUA, Joe Biden, já que as relações mútuas têm sido calorosas até agora.
Crítica da esquerda e grupos de direitos LGBTQ+
A mudança, que honra uma promessa eleitoral feita pela coalizão de Meloni, foi criticada pela esquerda política e grupos de direitos LGBTQ+ como desumanos e discriminatórios. Os defensores da lei, por sua vez, dizem que a barriga de aluguel explora mulheres pobres e nega às crianças o direito de crescer com suas mães biológicas.
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