EUA negam envolvimento na morte de Haniyeh
Antony Blinken afirma que seu país desconhecia a operação que matou o líder terrorista
Em visita oficial a Singapura nesta quarta-feira, 31, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que os Estados Unidos não estavam “cientes ou envolvidos” na morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. O assassinato de Haniyeh ocorreu em sua residência em Teerã, capital do Irã.
Questionado sobre as possíveis repercussões da morte de Haniyeh, Blinken evitou especulações. “É muito difícil especular, e aprendi ao longo dos anos a nunca especular sobre o impacto que um evento pode ter sobre outro”, afirmou.
Ele destacou a importância de alcançar um cessar-fogo para encerrar a guerra de nove meses em Gaza e enfatizou a necessidade de aliviar o sofrimento dos palestinos, repatriar reféns, incluindo americanos, e buscar uma paz duradoura.
Blinken reforçou que um cessar-fogo é a melhor maneira de reduzir as tensões no Oriente Médio. “Temos nos concentrado em garantir que o conflito em Gaza não se espalhe para outras regiões e não escale”, disse ele. “A melhor maneira de diminuir a temperatura em todos os lugares e nos colocar em um caminho melhor é através de um cessar-fogo em Gaza.”
Durante sua visita a Singapura, Blinken também assinou um acordo, conhecido como “Acordo 123”, para estudar como a tecnologia nuclear pode apoiar as necessidades climáticas e energéticas. Ele se encontrou com o Primeiro-Ministro Lawrence Wong, o Ministro Sênior Lee Hsien Loong e o Ministro das Relações Exteriores Vivian Balakrishnan.
Mundo Reage ao Assassinato de Ismail Haniyeh em Teerã
A morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Teerã, Irã, gerou reações variadas ao redor do mundo. Haniyeh foi morto após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O ataque ainda não teve sua autoria confirmada.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou o assassinato, chamando-o de “ato covarde e um desenvolvimento perigoso” que não ficará sem resposta. O grupo Hamas responsabilizou Israel pelo ataque e afirmou que a morte de Haniyeh não enfraquecerá sua resistência.
O Conselho de Segurança Nacional do Irã declarou que a ação “cruzou linhas vermelhas” e que Israel pagará um preço alto. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu vingança e reforçou o compromisso do Irã com a resistência palestina. O aiatolá Ali Khamenei prometeu “punição severa” aos responsáveis e afirmou que é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh.
Nos Estados Unidos, o Secretário de Defesa expressou apoio a Israel e afirmou que os EUA defenderão Israel se for atacado, ao mesmo tempo em que trabalham para acalmar a situação. A Rússia condenou o assassinato, classificando-o como um “assassinato político inaceitável” que levará a uma maior escalada de tensões.
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou que o objetivo do assassinato é ampliar o conflito na Faixa de Gaza para uma guerra regional, condenando fortemente o ato. O Ministério das Relações Exteriores da Síria também condenou o assassinato, culpando Israel e alertando que a escalada pode “incendiar toda a região”.
Em outros países, as reações também foram variadas. Na Holanda, Geert Wilders, líder de um partido de direita, comemorou a morte de Haniyeh, chamando-a de “boa notícia”. China e Qatar condenaram o assassinato, alertando para as consequências regionais e a instabilidade que pode resultar do incidente.
Haniyeh foi morto em Teerã, supostamente por um míssil guiado lançado de outro país, e não por assassinos dentro do Irã. Ele estava em Teerã para a posse do presidente iraniano. A morte ocorreu após uma série de ataques e represálias entre Israel e grupos militantes na região, intensificando ainda mais o conflito.
A morte de Haniyeh é vista como um golpe significativo para o Hamas, especialmente em um momento de alta tensão no Oriente Médio.
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