EUA matam comandante do Hezbollah no Iraque
Brigada Hezbollah, ou Kataib Hezbollah, é uma milícia fundamentalista xiita sediada no Iraque; ataque é resposta a Irã
O Comando Central dos Estados Unidos afirmou que um ataque a drone nesta quarta-feira, 7 de fevereiro, matou um comandante da Brigada Hezbollah, no Iraque.
O ataque aconteceu na capital, Bagdá.
Segundo as autoridades, o alvo estava em um veículo atingido pelo drone. Não há indícios de vítimas civis.
O que é a Brigada Hezbollah?
A Brigada Hezbollah (foto), ou Kataib Hezbollah, é uma milícia fundamentalista xiita sediada no Iraque.
Assim como o Hezbollah original, do Líbano, a Brigada Hezbollah é financiada pelo regime do Irã
Resposta ao Irã
No início da semana, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que as respostas militares americanas a ataques do Irã e seus aliados no Oriente Médio foram apenas “o começo”.
A declaração veio em entrevistas neste domingo, 4 de fevereiro, dois dias após as Forças Armadas americanas bombardearem 85 pontos usados pelo regime de Teerã e seus aliados no Iraque e na Síria.
“O que aconteceu na sexta-feira foi o começo, não o fim, de nossa resposta, e haverá mais passos —alguns públicos, talvez alguns invisíveis”, disse Sullivan à emissora americana CBS.
O bombardeio foi uma resposta a um ataque a drone iraniano que matou três soldados americanos na Jordânia no final de janeiro.
“Planejamos fazer mais ataques e adotar medidas adicionais para continuar enviando uma mensagem clara de que os EUA reagirão quando nossas forças forem atacadas, quando nosso povo for morto”, afirmou o conselheiro em outra entrevista no domingo, 4, desta vez à emissora NBC.
Ofensiva britânico-americana
Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma ofensiva contra os Houthis (foto), aliados do Irã no Iêmen, no início de janeiro.
Os ataques envolveram caças e mísseis de modelo Tomahawk.
Os Houthis são o principal grupo rebelde na guerra civil no Iêmen. Eles controlam quase toda a parte ocidental do país, no extremo sul da Península Arábica.
Esse foi o primeiro ataque aos rebeldes desde que eles começaram a atacar navios cargueiros na saída do Mar Vermelho no final de novembro.
Desde o dia 19 daquele mês, ocorreram 27 ataques dos rebeldes, o último realizado ainda nesta quinta.
Leia também: Houthis desafiam EUA e Israel com ataque inédito
A sequência de ataques dos houthis tem inviabilizado parte das rotas comerciais da região.
Grandes empresas de navegação, como MSC e Maersk, suspenderam as operações na área, levando a uma queda de 14% no tráfego de petroleiros pelo Canal de Suez desde novembro.
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