EUA impõem sanções a ministro do petróleo iraniano
Governo americano acusa o Irã de usar empresas de fachada para driblar punições

O governo americano determinou, nesta quinta-feira, 13, sanções contra o ministro do Petróleo do Irã, Mohsen Paknejad, e entidades envolvidas em uma “frota fantasma” que Teerã estaria usando para driblar restrições em seu setor energético e continuar explorando petróleo bruto.
“O regime iraniano continua a usar os lucros dos vastos recursos petrolíferos da nação para promover seus estreitos e alarmantes interesses próprios às custas do povo iraniano. O Tesouro lutará e interromperá quaisquer tentativas do regime de financiar suas atividades desestabilizadoras e promover sua agenda perigosa”, escreveu em nota o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Segundo Washington, o petróleo iraniano arrecada dezenas de milhares de dólares por ano, o que ajuda a financiar o exército do país e a Guarda Revolucionária Islâmica.
“Sob sua liderança, o Ministério do Petróleo do Irã alocou bilhões de dólares em petróleo iraniano para as forças armadas iranianas, incluindo o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e as Forças Policiais Iranianas, ambos instrumentos essenciais nas ferramentas de opressão do regime. Cerca de 200.000 barris de petróleo bruto iraniano são alocados às forças armadas iranianas diariamente para complementar seu orçamento”, diz trecho.
Para o governo americano, o Ministério do Petróleo utiliza uma “vasta frota paralela de navios para disfarçar o carregamento de petróleo no valor de bilhões de dólares para entrega”.
Diante disso, o Departamento de Estado impôs sanções a duas empresas sediadas na Indonésia e uma em Singapura.
Acordo nuclear
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, descartou nesta quarta-feira, 12, qualquer negociação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um possível acordo nuclear.
“Os EUA estão ameaçando o militarismo. Na minha opinião, essa ameaça é imprudente. O Irã é capaz de retaliar e definitivamente infligirá um golpe”, disse a estudantes.
Segundo Khamenei, o convite de Trump tem a intenção de “enganar a opinião pública mundial”.
“Nós nos sentamos e negociamos por vários anos, essa mesma pessoa jogou o acordo finalizado, concluído e assinado fora da mesa e o rasgou”, afirmou.
O aiatolá referia-se à decisão do presidente americano de retirar os Estados Unidos no Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA) com o Irã durante o seu primeiro mandato.
Este acordo havia sido assinado em 2015 e foi encerrado em 2021.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)