EUA expulsam embaixador da África do Sul
Marco Rubio chamou Ebrahim Rasool de "político incitador de racismo" e o acusou de "odiar" a América

Os Estados Unidos ordenaram a expulsão do embaixador sul-africano em Washington, Ebrahim Rasool, após o Departamento de Estado declarar que ele era “persona non grata” no país.
A decisão foi anunciada na sexta-feira, 14, e Rasool tem 72 horas para deixar os EUA, conforme relatado por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul.
O chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, acusou Rasool de incitar o racismo e de “odiar a América” e o presidente Donald Trump.
“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país”, escreveu Rubio no X. “Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA.”
A expulsão do embaixador ocorre em meio a tensões diplomáticas entre os dois países. Rasool havia sido escalado para se reunir com autoridades da Casa Branca, mas foi acusado pelo governo americano de alimentar uma agenda política que visa deslegitimar os EUA.
Em resposta, o governo sul-africano lamentou a expulsão e pediu “decoro diplomático” sobre o ocorrido. Rasool, que é um ex-ativista antiapartheid e membro do Congresso Nacional Africano (ANC), partido fundado por Nelson Mandela, tem sido alvo de críticas por suas declarações sobre o movimento MAGA e as mudanças demográficas nos EUA.
No começo do mês, Trump ordenou o corte de financiamentos à África do Sul após alegar que o governo local está “confiscando terras dos brancos”. Ele disse que os agricultores sul-africanos seriam bem-vindos nos EUA e mencionou que desaprova a política sul-africana de terras
Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou que “qualquer agricultor (com família!) da África do Sul, que procure fugir do país por motivos de segurança, será convidado para os Estados Unidos da América com um caminho rápido para a cidadania”. “Esse processo começará imediatamente!”.
Trump se refere a uma norma que permite o governo sul-africano a expropriar propriedades por interesse público sem oferecer indenização. Elon Musk, que é sul-africano e conselheiro de Trump, disse na época que os cidadãos brancos do país foram vítimas de “leis de propriedade racistas”.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, insistiu que a lei “não é um instrumento de confisco, mas um processo legal constitucionalmente obrigatório”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)