Os Estados Unidos confirmaram o envio de um avançado sistema de defesa antimísseis THAAD para Israel, acompanhado por cerca de 100 soldados americanos para operar a tecnologia.

A decisão, anunciada neste domingo, 13, pelo Pentágono, vem em resposta aos recentes ataques iranianos e à crescente tensão no Oriente Médio, onde a ameaça de um confronto direto entre Israel e Irã ganha força.

A medida foi autorizada pelo secretário de Defesa Lloyd Austin, sob a direção do presidente Joe Biden, e tem como objetivo reforçar as defesas aéreas israelenses. Em outubro deste ano, o Irã lançou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, marcando um dos episódios mais graves da escalada de violência na região.

O sistema THAAD, que pode interceptar mísseis a distâncias superiores a 200 quilômetros, é considerado crucial para ampliar a capacidade defensiva de Israel, complementando os sistemas já existentes, como o Patriot.

“Essa ação destaca o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a defesa de Israel e dos cidadãos americanos no país”, afirmou o porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder. A presença de militares americanos em solo israelense também busca evitar novos ataques e servir como dissuasão contra ações futuras do Irã, que já alertou sobre possíveis retaliações.

Teerã, por sua vez, não demorou a reagir. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, criticou duramente a movimentação americana, afirmando que os Estados Unidos estão colocando seus próprios soldados em risco ao envolvê-los diretamente no conflito. “Estamos dispostos a fazer o que for necessário para defender nosso povo e nossos interesses”, declarou Araghchi, aumentando o tom da retórica beligerante.

A presença militar americana na região não é novidade. Nos últimos anos, Washington tem aumentado sua cooperação de defesa com Israel, particularmente após ataques de grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah. No entanto, o envio do THAAD em meio a uma escalada tão grave demonstra a seriedade com que os EUA encaram a situação.