EUA duplicaram número de militares contra o Estado Islâmico na Síria
Cerca de dois mil soldados americanos atuaram em operações contra o grupo terrorista em território sírio
O secretário de imprensa do Pentágono, Pat Ryder, anunciou nesta quinta-feira, 19, que havia 2.000 soldados americanos lutando contra o recrudescimento do Estado Islâmico na Síria.
O novo contingente informado pelos EUA é mais do que o dobro informado pelo país, que era de 900 militares. As forças convencionais e de operações especiais reforçaram os soldados já presentes.
Ryader disse que o aumento drástico não ocorreu após a queda do ditador Bashar Assad.
“Há pelo menos meses… isso já dura há algum tempo’, afirmou.
Segundo Ryder, a presença dos soldados foi temporária para reforçar as operações dos EUA contra o Estado Islâmico.
Ataques
As forças dos Estados Unidos lançaram dezenas de ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria, segundo comunicado do Comando Central dos EUA (CENTCOM).
A ofensiva ocorreu em meio à convulsão política no país, após a queda do regime do ditador Bashar al-Assad, que foi deposto por grupos rebeldes e fugiu para a Rússia.
Segundo o CENTCOM, os ataques tinham como objetivo impedir que o EI aproveitasse a instabilidade política para se reorganizar.
Os alvos incluíram mais de 75 posições estratégicas do grupo terrorista, e foram atacados por uma frota de caças, como B-52, F-15 e A-10, segundo o comando militar.
O Estado Islâmico, que no auge da guerra civil controlava cerca de um terço da Síria, perdeu a maior parte de seu território nos últimos anos, mas continua a representar ameaça na região.
“Até que enfim”
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou como um “momento histórico” a queda do regime de Bashar al-Assad.
Durante discurso Biden afirmou que o fim do regime é uma oportunidade para o povo sírio reconstruir o país, mas alertou para os riscos e incertezas sobre o futuro político da região.
“Até que enfim, o regime de Assad acabou”, afirmou o presidente dos EUA. “Este é um momento de riscos e incertezas. Os EUA trabalharão com parceiros e interessados para ajudá-los a aproveitar esta oportunidade.”
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