EUA continua crescendo em emissão de metano
Artigo discutindo o impacto das emissões de metano pela indústria de combustíveis fósseis, destacando o aumento nos EUA e os esforços globais para redução, incluindo o papel da Kayrros no monitoramento de emissões.
Uma nova pesquisa revelou um aumento notável nas emissões de metano pela indústria de combustíveis fósseis nos Estados Unidos. O metano, um potente gás de efeito estufa, desempenha um papel crucial no aquecimento global. Este aumento ocorre apesar dos esforços dos EUA para promover a redução global de gases de efeito estufa.
Embora a redução de dióxido de carbono (CO2) tenha sido o principal foco nas ações contra as mudanças climáticas, as emissões de metano vêm ganhando importância graças a novas tecnologias de detecção de vazamentos. O metano possui um impacto de aquecimento muito mais intenso no curto prazo.
O que é o Metano?
Antoine Halff, co-fundador da Kayrros, uma empresa de dados ambientais, aponta que os EUA enfrentam desafios significativos apesar de apoiarem o Compromisso Global do Metano, que visa a redução global das emissões desse gás. O metano é emitido sobretudo durante a produção e o transporte de gás natural, não em sua queima.
Recentemente, dados de satélite combinados com inteligência artificial identificaram pontos críticos de emissão de metano, revelando uma maior concentração desse gás na atmosfera.
Como são Monitoradas as Emissões de Metano?
A Kayrros se concentra em operações de combustíveis fósseis, onde práticas como ventilação e queima controlada são comuns. A ventilação libera grandes quantidades de metano diretamente na atmosfera, enquanto a queima controlada envolve a incineração do gás. Tecnologias avançadas, como satélites, permitiram à Kayrros mapear essas emissões com maior precisão.
Atualmente, a concentração do metano é mais de 2,5 vezes maior do que nos níveis pré-industriais. Embora se dissipe mais rapidamente que o CO2, o metano tem um impacto de aquecimento até 80 vezes mais forte nos primeiros 20 anos após sua emissão, tornando sua redução uma prioridade crítica.
Esforços Globais para Reduzir as Emissões de Metano
Em 2021, os Estados Unidos foram um dos primeiros a assinar o Compromisso Global do Metano, que objetiva reduzir as emissões globais antropogênicas de metano em 30% até 2030. Este compromisso foi adotado por 158 países, evidenciando um esforço global significativo. A legislação ambiental do presidente Joe Biden destina vastos recursos financeiros para mitigar as emissões de metano.
No entanto, a indústria de combustíveis fósseis ainda produz elevados volumes de energia, o que contribui para o aumento geral das emissões de metano, mesmo que a quantidade emitida por unidade de energia tenha diminuído. Esse paradoxo sublinha a necessidade de técnicas mais eficientes de controle de emissões.
Desafios para a Redução de Emissões
Um dos maiores desafios na redução das emissões de metano é a falta de adesão de grandes emissores globais, como a China, ao Compromisso Global do Metano. Recentemente, John Podesta, enviado climático dos EUA, reuniu-se com negociadores chineses para discutir a co-organização de uma cúpula sobre metano, esperando incentivar mais países a se juntarem ao esforço global.
Embora iniciativas significativas estejam em andamento para reduzir as emissões de metano globalmente, o crescimento contínuo da produção de combustíveis fósseis representa um obstáculo considerável. Tecnologias avançadas e políticas rigorosas serão cruciais para mitigar os impactos do metano no clima global nos próximos anos.
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