EUA anunciam morte de chefes do Estado Islâmico no Iraque
Operação foi realizada no final de agosto, mas as mortes dos chefes do grupo terrorista foram confirmadas apenas nesta sexta
O Exército dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira, 13 de setembro, que matou quatro chefes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no oeste do Iraque, em operação realizada em coordenação com as forças de segurança iraquianas.
A operação foi realizada em 29 de agosto e “prejudicou e diminuiu a capacidade do EI para organizar e conduzir operações”, afirmou em comunicado o Comando Central no Oriente Médio (Centcom) das forças armadas americanas, acrescentando que um total de 14 membros do grupo terrorista foram mortos nessa data.
Os EUA divulgaram a operação no final de agosto, mas as mortes dos chefes do grupo foram confirmadas apenas nesta sexta.
Dois dias depois do ataque, o Exército dos EUA anunciou que sete soldados americanos haviam ficado feridos em uma operação em grande escala efetuada com as forças de segurança iraquianas, mas sem dar mais detalhes.
Segundo o Centcom, entre os chefes mortos do EI está Ahmad Hamid Husayn Abd-al-Jalil al-Ithawi, responsável por todas as operações do grupo terrorista no Iraque.
Também foram eliminados Abu Hammam, chefe das operações no Iraque ocidental, Abu-Ali al-Tunisi, chefe do desenvolvimento técnico, e Shakir Abud Ahmad al-Issawi, chefe das operações militares no Iraque ocidental.
“O Centcom continua empenhado em assegurar a derrota do Estado Islâmico, que continua a ameaçar os Estados Unidos, os nossos aliados e parceiros, e a estabilidade regional”, acrescenta a nota.
A reconstituição do Estado Islâmico
No final de 2017, o Iraque declarou que tinha vencido o EI, mas as células extremistas continuam ativas no país.
O Centcom alertou recentemente sobre o aumento dos ataques do grupo terrorista:
“O ISIS está a caminho de mais do que duplicar o número total de ataques que reivindicou em 2023. O aumento dos ataques indica que o ISIS está tentando reconstituir-se após vários anos de diminuição da capacidade”, afirma nota publicada em julho deste ano.
O Exército dos EUA estimou em 2.500 o número de terroristas do Estado Islâmico ainda em liberdade no Iraque e na Síria.
Atentados recentes
O EI tornou-se conhecido em meados da década de 2010, quando emergiu do caos da guerra civil na Síria para tomar brutalmente o controle das grandes cidades no leste da Síria e no vizinho Iraque.
Os jihadistas já não controlam o território e os seus líderes têm sido perseguidos por uma coligação liderada pelos EUA, que inclui os estados do Golfo.
Mas os seus apoiantes e afiliados continuam a perpetrar ataques em todo o mundo: a sua filial afegã Isis-K matou este ano 143 pessoas numa sala de concertos em Moscou e tem sido associada a atentados com bombas no Irã que mataram quase 100.
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