EUA acusam Rússia de usar cloropicrina contra ucranianos
Esta substância, utilizada como gás de combate durante a Primeira Guerra Mundial e como pesticida pelos guardas florestais na França está agora proibida pela Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas.
Em comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira, 01 de maio, o Departamento de Estado norte-americano acusou Moscou de ter utilizado cloropicrina, substância ativa em produtos fitofarmacêuticos, no contexto da guerra na Ucrânia.
Esta substância, utilizada como gás de combate durante a Primeira Guerra Mundial e como pesticida pelos guardas florestais na França está agora proibida pela Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas.
A cloropicrina é uma substância muito tóxica. Particularmente utilizado como gás de combate durante a Primeira Guerra Mundial, causa efeito sufocante quando inalado. De acordo com o site oficial da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, essa substância assume a forma de um líquido levemente oleoso, incolor a amarelo, com forte odor irritante. Mais denso que a água, possui vapores tóxicos que irritam os olhos, nariz e garganta. O uso deste pesticida em conflitos é agora proibido pela Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas.
Acusações mútuas
Esta não é a primeira vez que se suspeita da utilização de agentes tóxicos ou químicos na guerra na Ucrânia. Os soldados ucranianos relataram repetidamente efeitos causados por produtos misteriosos, como um “gás cáustico e inflamável” ou granadas cheias de uma “substância química desconhecida”. Num comunicado de imprensa de dezembro passado, o Estado-Maior Ucraniano contou 81 ataques químicos perpetrados pela Rússia.
Em agosto de 2023, no Telegram, o general Oleksandr Tarnavsky, comandante do setor militar de Tavria, garantiu que, no dia anterior, os soldados russos tinham “realizado duas barragens (uma técnica de disparo massivo) utilizando lança-foguetes de armas múltiplas com munições contendo uma substância química. Segundo sua mensagem, era cloropicrina.
O governo russo também acusou a Ucrânia de usar esta substância. “Foram registrados repetidamente fatos sobre o uso de munições lançadas de drones contendo irritantes tóxicos identificados, entre outros, como cloropicrina, cloroacetofenona e suas misturas, nas posições das Forças Armadas da Federação Russa na região de Zaporizhia”, declarou o governo russo em um comunicado à imprensa em fevereiro de 2024.
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