Estudo de cloroquina em quase 15 000 pacientes de COVID-19 não encontra benefícios
Estudo publicado hoje na prestigiada revista Lancet com quase 15 000 pacientes que receberam cloroquina ou hidroxicloroquina não encontrou benefício nesses medicamentos para pacientes de COVID-19. O estudo analisou dados de 671 hospitais em todos os continentes. Foram analisados os dados de 96 032 pacientes, dos quais 14 888 receberam cloroquina ou hidroxicloroquina. Os 81 144 restantes formaram o grupo de controle...
Estudo publicado hoje na prestigiada revista Lancet com quase 15 000 pacientes que receberam cloroquina ou hidroxicloroquina não encontrou benefício nesses medicamentos para pacientes de COVID-19.
O estudo analisou dados de 671 hospitais em todos os continentes, incluindo 18 hospitais na América do Sul. Foram analisados os dados de 96 032 pacientes, dos quais 14 888 receberam cloroquina ou hidroxicloroquina. Os 81 144 restantes formaram o grupo de controle.
Foram incluídos pacientes hospitalizados entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020, e que receberam o tratamento em até 48 horas depois do diagnóstico. Quem começou o tratamento mais tarde, recebeu as drogas em ventilação mecânica ou também recebeu remdesivir foi excluído da análise.
O uso de hidroxicloroquina com ou sem um macrolídeo (tipo de antibiótico) e o uso de cloroquina com macrolídeo estiveram associados a maior mortalidade no hospital, após controle de variáveis como idade, sexo, IMC e doenças pré-existentes.
O uso de cloroquina e de hidroxicloroquina, com ou sem macrolídeo, esteve associado a risco de arritmia ventricular.
Os pesquisadores concluem que foram incapazes de encontrar benefício nos medicamentos (com ou sem um macrolídeo).
“Estas descobertas sugerem que os regimes [destas] drogas não devem ser usados fora de ensaios clínicos e que é necessária confirmação urgente por ensaios clínicos randomizados”.
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