O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant (foto), disse neste domingo, 2, em encontro com tropas que atuam na Faixa de Gaza, que Israel avalia “um governo alternativo ao Hamas” após o fim da guerra. Afirmou ainda que o conflito não terminará até que o grupo terrorista seja destruído em suas capacidades militares e governamentais.

“Em qualquer processo para acabar com a guerra, não aceitaremos o governo do Hamas. Estamos promovendo um governo alternativo ao Hamas, no âmbito do qual isolaremos áreas, removeremos os membros do Hamas e traremos outras forças que permitirão um governo diferente”, disse o ministro.

“Por um lado, a ação militar e, por outro, a capacidade de mudar o regime, conduzirão à realização de dois dos objetivos desta guerra: o desmantelamento do governo do Hamas e do seu poder militar, e o retorno dos reféns”, acrescentou.

As declarações de Gallant foram feitas dois dias depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, apresentar o que descreveu como a mais recente proposta israelense para um acordo cessar-fogo em Gaza. 

O discurso do presidente dos EUA provocou ainda mais tensão no governo israelense. Partidos nacionalistas ameaçaram derrubar a coligação se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovasse o cessar-fogo.

O gabinete de guerra reuniu-se neste domingo para discutir a proposta e a sua possível implementação.

Proposta em três fases

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na sexta-feira, 31 de maio, seu apoio a uma proposta de Israel para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Segundo o presidente americano, a proposta se dá em três fases.

A primeira prevê um cessar-fogo de seis semanas e a retirada das forças israelenses de áreas povoadas do território palestino.  

Nesse período, o Hamas e Israel negociariam os termos de um fim permanente das hostilidades e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, com o cessar-fogo que poderia se estender enquanto as negociações continuassem.

A terceira fase incluiria um plano de reconstrução para Gaza.