Estados Unidos e Reino Unido lançam novos ataques aéreos contra o Iêmen
Informações preliminares revelam que a maior parte das ofensivas foi direcionada contra alvos civis, incluindo uma fábrica de pesticidas.
Os Estados Unidos e o Reino Unido voltaram a intensificar suas ações bélicas no Oriente Médio. Na noite deste último domingo (25), ambos os países promoveram novos ataques aéreos em larga escala sobre territórios iemenitas controlados pelos Houthis. Informações preliminares revelam que a maior parte das ofensivas foi direcionada contra alvos civis, incluindo uma fábrica de pesticidas – evento que marca o primeiro ataque conjunto deste tipo.
Um saldo de destruição
Segundo comunicado do Comando Central norte-americano, 18 alvos militares Houthi no Iêmen foram atingidos. Por sua vez, os representantes Houthi afirmam que os ataques da coalizão totalizaram 23 – direcionados às províncias de Sanaa, Hajjah e Taiz – e também atingiram a capital Sanaa.
Entre os locais impactados, uma fábrica de pesticidas localizada na parte ocidental da capital sofreu danos severos. A construção recebeu três disparaos, que resultaram em destruição de telhados e quedas de paredes.
O impacto na população
Além dos danos estruturais, os ataques também afetaram a segurança e a estabilidade da população local. Edifícios residenciais tiveram janelas estilhaçadas e paredes derrubadas, criando um clima de terror na região.
Hamid Hashem, residente local, descreve o momento dos ataques: “Depois da meia-noite, ouvi três ataques aéreos. Meus filhos ficaram aterrorizados, assim como meus vizinhos. Eles atacaram uma fábrica de pesticidas de 25 anos, e toda a fábrica explodiu”.
Uma reclamação emergente é de que os ataques estariam sendo direcionados a alvos civis, o que agravaria a economia local, já devastada pela guerra. Abdul Rahman Al-Mujahid, funcionário da fábrica bombardeada, denuncia o ataque ao prédio: “Acredito que eles [os EUA e o Reino Unido] visaram deliberadamente aqui. Eles querem levar o Iêmen à falência. Eles devem ter tomado conhecimento através da inteligência quais instalações são civis e quais são militares”.
Ainda há paz para o Iêmen?
Desde o dia 12 de janeiro, EUA e Grã-Bretanha têm intensificado seus ataques aéreos contra as forças Houthi, resultando em diversas baixas. Agora, com indícios de que alvos civis podem estar incluídos nas ofensivas, a população local teme uma intensificação das ações bélicas.
Esta possível mudança de diretriz dos ataques poderia acarretar uma maior devastação econômica e aprofundamento da crise humanitária na região. Afinal, a paz que o povo iemenita tanto anseia parece ainda mais distante.
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