Estados Unidos e Cuba: patético, não histórico
O Antagonista acha espantoso o que ocorreu na Cúpula das Américas -- mas não no sentido da maioria dos jornais. Para nós, é espantoso que o encontro entre um tiranete de uma ilha caribenha sem a menor relevância para o mundo e o presidente dos Estados Unidos da América, a maior potência do planeta, seja classificado de "histórico"...Churchill, Roosevelt e Stalin: cadê o Raúl?
O Antagonista acha espantoso o que ocorreu na Cúpula das Américas — mas não no sentido da maioria dos jornais. Para nós, é espantoso que o encontro entre um tiranete de uma ilhota caribenha sem a menor relevância para o mundo e o presidente dos Estados Unidos da América, a maior potência do planeta, seja classificado de “histórico”.
Se você chama isso de “histórico”, como classificar os encontros entre Churchill, Roosevelt e Stalin, no início de 1945, que dividiram ideologicamente o mundo antes mesmo do final da Segunda Guerra Mundial?
Se você chama isso de “histórico”, o que dizer da visita de Richard Nixon à China de Mao, em 1971?
Se você chama isso de “histórico”, como definir a Queda do Muro de Berlim, em 1989?
Se você chama isso de “histórico”, como chamar o esfacelamento da União Soviética, em 1991?
O pior é que, apesar do gesto de boa vontade americano em direção a uma paiseco que apodrece a olhos vistos, o presidente Obama ainda levou broncas de Raúl Castro, como se o tiranete de um regime que exilou milhões de pessoas, matou milhares e prendeu outras tantas pudesse dar aula de democracia ao representante da mais formidável democracia da história. E Obama, bobalhão, engoliu cada desaforo.
Francamente, o mundo perdeu o juízo e, ao perdê-lo, desaprendeu a usar adjetivos. O encontro entre Obama e Raúl Castro foi só patético.
Churchill, Roosevelt e Stalin: cadê o Raúl
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