O primeiro-ministro Pedro Sánchez (Partido Socialista Operário Espanhol) pediu à comunidade internacional, na sexta-feira, 11 de outubro, que pare de vender armas para Israel.

“À luz de tudo o que está acontecendo no Oriente Médio, é urgente que a comunidade internacional pare de exportar armas para o governo israelense”, disse ele, falando após se encontrar com o Papa Francisco em Roma.

“Deixe-me neste momento criticar e condenar os ataques que as forças armadas israelenses estão realizando na missão das Nações Unidas no Líbano”, acrescentou Sánchez.

Os comentários do primeiro-ministro espanhol ocorrem enquanto Israel intensifica os ataques aéreos no Líbano para atingir alvos do grupo terrorista Hezbollah.

Os apelos de Sánchez para interromper as entregas de armas a Israel ecoam um apelo semelhante feito pelo presidente francês Emmanuel Macron. O chanceler alemão Olaf Scholz, no entanto, prometeu esta semana enviar mais armas ao governo israelense.

O maior fornecedor de armas de Israel é de longe os Estados Unidos, seguido pela Alemanha.

Os países europeus estão cada vez mais divididos sobre como responder à situação tensa no Oriente Médio. A Espanha está entre as nações que decidiram reconhecer o estado palestino na primavera passada.

Países ocidentais deveriam “se envergonhar”

Em 5 de outubro, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo com duras críticas ao presidente francês, Emmanuel Macron e outros líderes de países ocidentais, afirmando que eles deveriam “se envergonhar” de pedir a suspensão do envio de armas a Israel:

“Enquanto Israel luta contra a barbárie liderada pelo Irã, países civilizados deveriam apoiar firmemente o lado de Israel. Mas o presidente Macron e outros líderes ocidentais pedem agora embargo de armas contra Israel.

Deviam se envergonhar!

O Irã impõe embargo ao Hezbollah? Aos Houthis? Ao Hamas? E a seus outros aliados? Claro que não! O eixo do terror se mantém unido. Mas países que dizem se opor a esse eixo pedem embargo contra Israel.”, declarou Netanyahu.