Espanha nega acordo com Maduro para exílio de Edmundo González
"O asilo político foi uma solicitação pessoal de Edmundo González", afirma ministro espanhol das Relações Exteriores
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno, negou neste domingo que o governo de seu país tenha negociado com a ditadura de Nicolás Maduro para a concessão de asilo político ao candidato da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia (foto).
“Não houve nenhum tipo de negociação política entre o governo da Espanha e o da Venezuela. O asilo político foi uma solicitação pessoal de Edmundo González”, afirmou o ministro espanhol.
O chanceler espanhol também rejeitou envolvimento do ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero nas tratativas.
A declaração foi feita após o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, ter afirmado que os dois países haviam negociado um “salvo-conduto” para permitir a saída do opositor.
Edmundo González desembarcou em Madri neste domingo, 8 de setembro. Ele deixou a Venezuela e pediu asilo ao país europeu após sofrer perseguição política do regime de Maduro.
Edmundo González relata ameaças
Em sua primeira mensagem desde que chegou à Espanha, o principal candidato da oposição venezuelana, Edmundo González, relatou que sua saída da Venezuela foi “cercada de pressão, coerção e ameaças para não permitir minha saída”.
“Estou confiante de que em breve continuaremos a luta para alcançar a liberdade e a recuperação da democracia na Venezuela”, disse o candidato opositor em áudio divulgado por sua coligação, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), em publicação nas redes sociais.
PGR de Maduro zomba de Edmundo González
O procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, Tarek William Saab, zombou do candidato opositor Edmundo González após sua saída do país.
Em pronunciamento na TV estatal, Saab afirmou que a chegada de Edmundo no país europeu representa o fim de uma temporada de “obra humorística”.
“Um gênero que eu poderia dizer ser de comédia, de teatro burlesco, iniciada neste ano de 2024. Essa obra medíocre causou angústia, sangue, suor e lágrimas a espectadores inocentes”, acrescentou.
Ele disse ainda que essa “obra humorística” tinha uma atriz secundária, uma vilã que “ameaçava o protagonismo” de González, em referência à líder da oposição, María Corina Machado.
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