O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta quarta-feira, 25, que as Forças Democráticas Sírias (SDF), lideradas pelos curdos da Unidade de Proteção Popular (YPG), devem entregar “suas armas“ ou então “serão enterrados”.

“Os assassinos separatistas ou abandonam as suas armas ou serão enterrados ao lado deles em terras sírias. Erradicaremos a organização terrorista que tenta construir um muro de sangue entre nós e os nossos irmãos curdos“, afirmou em encontro com membros do seu partido.

Após a deposição do ditador Bashar Assad, a Turquia entrou em confronto com as forças curdas no norte da Síria e no Iraque.

De acordo com o Ministério da Defesa turco, 21 integrantes do YGP foram mortos nas operações.

Para os turcos, o YPG é uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é um antigo inimigo. Eles são considerados um grupo terrorista pela Turquia, Estados Unidos e países eruopeus.

Os passos dos curdos

Os curdos sustentam que o grupo Tahrir al-Sham (HTS) foi “orquestrado” pela Turquia na ofensiva que culminou na deposição do ditador Bashar Assad.

Após a vitória do HTS, as milícias curdas também aproveitaram o momento e tomaram sete cidades na província de Deir Ezzor, no leste da Síria: Salhiya, Tabia, Hatla, Jesham, Mazlum, Huseiniya e Deir Ezzor.

Todas elas estavam sob controle do regime de Bashar Al-Assad.

O argumento dos curdos é que eles precisam defender seus moradores dos terroristas islâmicos, que tendem a ficar mais perigosos no futuro, além de ocupar espaços deixados pelo Estado Islâmico.

Em novembro, a célula das FDS publicou:

“É uma resposta aos apelos urgentes da população local face ao risco crescente de o Estado Islâmico explorar os acontecimentos no oeste do país“.

Os Estados Unidos apoiam o YPG na Síria, sobretudo em áreas dominadas pelo Estado Islâmico.

Hoje, o grupo terrorista está enfraquecido após a guerra civil de 2016.

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