No último comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Equador, foi confirmada a suspensão temporária do acordo de isenção de vistos com a China. A medida foi adotada após a detecção de um aumento nos fluxos de imigrantes chineses que não seguiam os procedimentos normais de entrada e saída do país.

Segundo dados do próprio governo, observou-se que, nos últimos meses, aproximadamente metade dos chineses que ingressaram no Equador não respeitaram o prazo de permanência de 90 dias, criando um quadro de imigração irregular no país. Em resposta, o Equador busca fortalecer as regulações para coibir esse fluxo imprevisível.

Por que o Equador Decidiu Suspender a Isenção de Vistos com a China?

O Equador tem enfrentado desafios significativos devido ao aumento do número de cidadãos chineses que permanecem no país além do período permitido. Esta realidade tem imposto uma pressão sobre os sistemas de controle imigratório e de segurança nacional, motivando a necessidade urgente da medida suspensiva.

Entendendo o Fluxo Imigratório Irregular

A chamada “rota a pé”, conhecida no âmbito das migrações como “zou Xian”, é frequentemente utilizada por cidadãos chineses que entram no Equador como ponto de partida para uma longa jornada terrestre até os Estados Unidos. Essa rota evidencia a complexidade do problema de imigração irregular que enfrenta o país sul-americano.

Impacto da Suspensão na Relação Bilateral

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, expressou descontentamento com a decisão do Equador, destacando que o acordo de isenção de vistos, em vigor desde agosto de 2016, trouxe muitos benefícios mútuos em termos de intercâmbios pessoais e cooperações práticas. Além disso, Lin enfatizou que a China é rigorosamente contra qualquer tipo de atividade de contrabando e que tem atuado fortemente contra crimes que afetam a gestão das fronteiras.

O Equador, por sua vez, reforçou seu compromisso em proteger os visitantes evitando que se tornem vítimas de tráfico humano, sendo fundamental para isso um controle de imigração mais efetivo. A situação destaca não apenas as dificuldades práticas na gestão de fronteiras, mas também os desafios humanitários envolvidos.