Equador e Costa Rica reconhecem vitória de Edmundo González
“Este reconhecimento do Equador baseia-se no respeito pela vontade legítima do povo desta nação, expressa com força nas urnas e sustentada pelo povo com a mobilização nas ruas durante os últimos dias", diz o comunicado
Depois de Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Peru, os governos do Equador e da Costa Rica, presido por Daniel Noboa e Rodrigo Chaves Robles, respectivamente, reconheceram o candidato da oposição Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.
“Após as denúncias públicas da grave crise democrática na Venezuela e da evidente manipulação dos resultados do processo eleitoral neste país, o Governo do Equador expressa o seu reconhecimento de Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições presidenciais na Venezuela”, declarou o Presidência do Equador em comunicado e destacou que o regime chavista “tentou, com fraudes e irregularidades, usurpar o resultado real do processo de escrutínio”.
“Este reconhecimento do Equador baseia-se no respeito pela vontade legítima do povo desta nação, expressa com força nas urnas e sustentada pelo povo com a mobilização nas ruas durante os últimos dias”, acrescentou.
Por sua vez, a administração costarriquenha indicou num comunicado do Ministério das Relações Exteriores que “Edmundo González recebeu o apoio majoritário do povo venezuelano cuja vontade soberana deve ser respeitada”.
“É claro para a Costa Rica que Nicolás Maduro não recebeu a maioria dos votos dos venezuelanos, por isso refutamos a proclamação fraudulenta de que ganhou as eleições”, concluiu.
Brasil, México e Colômbia blindam Maduro
Brasil, Colômbia e México se abstiveram de votar na resolução da Organização dos Estados Americanos que exigia que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela apresentasse as atas da votação de 28 de julho.
Os três países também emitiram conjuntamente uma nota equiparando a ditadura de Nicolás Maduro aos manifestantes pró-democracia, falando em controvérsias sobre o processo eleitoral a serem dirimidas pela via institucional, como se houvesse institucionalidade idônea no regime de ditatorial de Nicolás Maduro.
O Brasil de Lula, a Colômbia de Gustavo Petro e o México, de López Obrador têm barrado o esforço dos outros países em colocar pressão contra a ditadura de Nicolás Maduro, que já matou dezenas de pessoas que protestavam contra o resultado oficial que assegurava a manutenção de Maduro no poder.
Segundo o jornal O Globo, os chanceleres do Brasil, Mauro Vieira, da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, e do México, Alicia Bárcena, estão considerando uma ida a Caracas nos próximos dias para tentar negociar um acordo, sem a participação da líder da oposição, Maria Corina.
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