Entenda a diferença entre meteoro e meteorito
Entenda as diferenças entre cometa, asteroide, meteoro e meteorito. Descubra sobre suas órbitas, composição e muito mais!
Em uma noite sem Lua aparente no céu, você olha para cima em um lugar afastado da agitação urbana e, de repente, uma luz risca o teto estrelado e some. Você pode até pensar: “Que bela estrela cadente!”, mas, astronomicamente falando, o que foi que você realmente viu? Um meteoro, um meteorito… ou um meteoroide? Mas, e se tiver sido um asteroide ou mesmo um cometa?
Todas essas respostas são possíveis, uma vez que o nosso Sistema Solar é repleto de inúmeros asteroides, cometas e pequenos objetos que sobraram do disco de poeira e gás original que formou os planetas há 4,5 bilhões de anos. A maioria desses corpos celestes está bem longe da Terra, nos confins distantes do Sistema Solar, mas alguns deles se aproximam do nosso planeta, penetram em nossa atmosfera e, quando não incinerados pelo atrito e compressão do ar, caem na superfície.
Asteroides: os rochedos errantes
Asteroides são objetos majoritariamente pequenos, rochosos ou metálicos, localizados no chamado cinturão de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, embora alguns se aproximem e até atravessem a órbita da Terra. Por definição, eles são maiores do que um metro de diâmetro.
As rochas flutuantes menores do que asteroides são chamadas de meteoroides, e se transformam em meteoros ao entrar na nossa atmosfera. Já os asteroides massivos o bastante para se tornarem esféricos pela força de sua própria gravidade são chamados de planetas-anões, como é o caso de Plutão.
Os asteroides são rochas que contêm materiais primitivos do qual foram construídos os planetas do nosso Sistema Solar. Porém, ao contrário das rochas terrestres, moldadas por eras de erosão e processos geológicos, os asteroides permaneceram intocados.
Asteroide potencialmente perigoso?
Mas há outro motivo para conhecer bem os asteroides (e também os cometas): a sua proximidade com a Terra. Os chamados objetos próximos à Terra (NEOs na sigla em inglês) são asteroides entre 3 metros e 40 quilômetros de diâmetro acompanhados constantemente pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da NASA (agência espacial dos Estados Unidos).
Como as órbitas desses objetos são alongadas ou elípticas, eles chegam a se afastar até 195 milhões de quilômetros do Sol, aproximando-se perigosamente de nós. Embora a probabilidade de uma grande colisão com o nosso planeta seja considerada relativamente baixa, o potencial devastador desses objetos impõe um monitoramento contínuo.
O que é um meteoro?
Uma forma fácil de fixar o que é um meteoro é lembrar que se trata de um fenômeno luminoso que ocorre quando um meteoroide (que pode ser um pequeno fragmento de cometa ou asteroide) entra na atmosfera terrestre e se queima devido ao atrito com o ar. É a famosa “estrela cadente”.
Ou seja, quando a pequena rocha se aproxima da Terra, ela é chamada de meteoroide; quando entra na atmosfera, é meteoro; e, se sobrevive à veloz entrada na atmosfera e cai no solo, vira meteorito.Quando a Terra passa através de uma nuvem de detritos deixados por um cometa, ou um asteroide em certos casos, dizemos que está ocorrendo uma “chuva de meteoros”.
Esse fenômeno astronômico ocorre em intervalos regulares durante o ano. São as Quadrântidas (janeiro), Perseidas (agosto), Leônidas (novembro), e as Geminídeas (dezembro).
O fascínio dos cometas
As aparições dramáticas de cometas fizeram desses objetos celestes os mais míticos e fascinantes ao longo da história. Hoje sabemos que a impressionante cabeça brilhante e a longa cauda (ou caudas), que tanto impressionaram nossos antepassados, não passam de um pequeno objeto gelado e empoeirado que orbita o Sol.
- Feitos de uma mistura de gelo, rocha e gás, esses objetos são na verdade “sobras” da formação do Sistema Solar.
- No entanto, como se formam nas suas regiões mais externas, muito além da órbita de Netuno, o seu gelo permanece estável por muito tempo.
- Alguns possuem órbitas que passam pelo Sistema Solar interno, e quando mais perto do Sol, seu gelo se sublima, lançando poeira e configurando a coma e a cauda, que são seus elementos característicos.
Um dos cometas mais famosos da história, o Shoemaker-Levy 9 (SL9) colidiu, há exatos 30 anos, com o planeta Júpiter. O evento astronômico explosivo, observado por astrônomos do mundo inteiro, mostrou como o SL9 foi capturado pelas forças de maré gravitacionais do gigante gasoso, e destruído em fragmentos que caíram na atmosfera do planeta.
O impacto dos asteroides
Recentemente, cientistas anunciaram a descoberta de um asteroide potencialmente perigoso para a Terra, escondido no brilho do Sol. Este asteroide, conhecido como “assassino de planetas”, trouxe novamente à tona discussões sobre os impactos que esses corpos celestes podem causar em nosso planeta.
Dada a sua proximidade com o Sol, ele é particularmente difícil de observar e acompanhar. No entanto, pesquisas contínuas e avanços tecnológicos são essenciais para garantir que possamos antecipar possíveis ameaças e tomar medidas de precaução, caso necessário.
Dessa forma, aquele simples brilho no céu noturno é, na verdade, um lembrete da vastidão e complexidade do nosso Sistema Solar, e de como diferentes corpos celestes desempenham um papel fundamental no nosso entendimento do cosmos.
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