Vladimir Putin encontrou-se com o ditador sírio Bashar al-Assad no Kremlin.

Quando o ditador russo, Vladimir Putin, recebe convidados no Kremlin, estes raramente vêm de países governados democraticamente. A guerra de agressão contra a vizinha Ucrânia, que viola o direito internacional, isolou em grande parte o chefe de Estado, pelo menos no Ocidente.

O ditador do Kremlin falou com Assad sobre a expansão das relações econômicas e comerciais entre os dois países e a situação no Oriente Médio. A situação na região tende a piorar, disse Putin num fragmento de vídeo divulgado pelo Kremlin.

Durante anos, a Rússia tem sido o aliado mais importante de Assad, ao lado do Irã. Ele se encontrou com Putin pela última vez na Rússia, em março do ano passado.

Segundo o Kremlin, Assad disse, no início da reunião de quarta-feira, 24 de julho, que a Síria e a Rússia superaram desafios difíceis nas últimas décadas, mantendo a confiança mútua.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse depois que os dois políticos discutiram uma variedade de questões. Ele deixou em aberto se houve discussões sobre um possível encontro entre Assad e o chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, na Rússia.

Turquia e Síria

Após anos de silêncio diplomático entre a Turquia e a Síria, há mais de um ano que surge uma aproximação entre os estados vizinhos.

Na guerra civil na Síria que eclodiu em 2011, a Turquia estava do lado dos rebeldes. Erdogan cortou relações diplomáticas com Damasco em 2012 e chamou Assad de “assassino”.

Até agora, Assad rejeitou qualquer reaproximação da sua parte enquanto as tropas turcas ocuparem o norte da Síria.

A Turquia realiza operações com tropas terrestres no norte da Síria desde 2016 e controla partes da região com grupos aliados. Erdogan prometeu recentemente o fim das operações na Síria e no Iraque.