Empresário americano oferece US$ 100 mil pela captura de procurador-geral chavista
Ex-militar Erik Dean Prince responde às autoridades venezuelanas, que prometeram pagar o mesmo valor pelo oposicionista Edmundo González
O empresário e ex-militar americano Erik Dean Prince, fundador da empresa privada Blackwater, prometeu pagar US$ 100 mil dólares pela captura do procurador-geral da ditadura venezuelana, Tarek William Saab (foto).
A provocação de Prince é uma clara resposta às autoridades do regime de Nicolás Maduro, que anunciaram na quinta-feira, 2, o pagamento mesmo valor a quem tivesse informações sobre o líder oposicionista Edmundo González Urrutia, autoproclamado vencedor das eleições de 28 de julho.
“Será que alguém está disposto a cobrar os US$ 100.000 que alguns amigos estão dispostos a pagar por alguém que entrega um Saab atracado com segurança em águas internacionais? É muito dinheiro recolher aquele lixo imundo“, escreveu no X.
Nas ruas do país, as autoridades venezuelanas espalharam cartazes com a imagem de González o escrito “Procurado”.
Em 2 de setembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela expediu mandado de prisão contra Edmundo González. O órgão, controlado pelo chavismo, intimou o diplomata para prestar depoimento, por três vezes, sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Posse
No dia 10 de janeiro, o ditador Nicolás Maduro tomará posse mais uma vez como presidente da Venezuela.
A pressão internacional sobre o regime, contudo, ganhou força após os Estados Unidos e outros países europeus reconhecerem González como o presidente eleito.
Ele está exilado na Espanha desde setembro com os filhos.
Em novembro, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) encerrou o caso que contestava a fraude eleitoral do ditador.
Dois ex-candidatos presidenciais, Enrique Márquez e Antonio Ecarri, enviaram pedidos para que a Corte conferisse os números e abrisse os dados mesa por mesa.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para validar o resultado oficial das eleições.
Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
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