Emirates apoia Boeing na aquisição da Spirit para resolver crise
Emirates apoia aquisição da Spirit AeroSystems pela Boeing para resolver crise industrial.
A Emirates Airline, um dos mais renomados e volumosos clientes da Boeing, anunciou seu apoio à potencial aquisição da Spirit AeroSystems pela fabricante de aviões. A empresa sustenta que a ação seria um imenso passo na direção de solucionar a atual crise industrial vivenciada pela Boeing.
Em janeiro passado, um incidente com um avião Boeing 737 MAX 9 – desprendimento de um pedaço da fuselagem – levou a múltiplas auditorias conduzidas pelos órgãos reguladores estadunidenses em diversas fábricas, incluindo a Boeing e a fornecedora Spirit AeroSystems.
Os desafios da Boeing
Tim Clark, presidente da Emirates, afirmou em Berlim que urge a necessidade de resolver o mais rápido possível os problemas de qualidade presente na companhia. Ele propôs que a tarefa precisa da atenção integral do conselho e da alta administração da Boeing, ou a empresa enfrentará questionamentos graves sobre o seu futuro.
Recentemente, a Boeing anunciou que se encontra em negociações para adquirir a Spirit, que já foi no passado uma de suas subsidiárias. Adicionalmente, segundo fontes da indústria, a Airbus, grande concorrente europeia da Boeing, e a própria Spirit estão considerando a possibilidade de a Airbus assumir algumas operações da Spirit que fornecem peças para seus aviões.
Spirit AeroSystems e seu papel
A Spirit é responsável por aproximadamente 70% da fabricação do Boeing 737 MAX e elabora a fuselagem dianteira do 787 e do futuro 777X, ambos com pedidos feitos pela Emirates. A separação entre a Boeing e a Spirit ocorreu no ano de 2005.
“Nunca compreendi isso na época. Seria como se disséssemos que pegaríamos nossa engenharia e nossas operações e as entregaríamos para serem administradas por outra pessoa”, descreveu Clark, uma das maiores vozes de influência no setor, durante o intervalo da feira de viagens ITB.
“Honestamente, isso é algo impensável para nossa maneira de raciocinar, mas foi o que eles fizeram. E, desde então, acredito que isso tem sido uma questão para eles”, completa Clark.
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