Embaixador brasileiro na África deixa cargo após denúncias de racismo contra esposa
O embaixador brasileiro na Guiné-Bissau, Fábio Franco, deixará o cargo no país africano após uma investigação do Itamaraty revelar que a esposa dele interferia nas atividades de representação diplomática, mesmo sem ter vínculo formal com o Ministério das Relações Exteriores...
O embaixador brasileiro na Guiné-Bissau, Fábio Franco (à esquerda na foto), deixará o cargo no país africano após uma investigação do Itamaraty revelar que a esposa dele interferia nas atividades de representação diplomática, mesmo sem ter vínculo formal com o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a Folha, que ouviu 7 pessoas, Shirley Carvalhêdo Franco (à direita na foto) tinha forte influência na embaixada e chegou a ocupar uma sala no local. Os entrevistados — que não tiveram os nomes revelados — também relataram que a mulher de Fábio Franco praticava assédio moral e proferia ofensas racistas contra guineenses que atuam na missão diplomática. Shirley teria chamado africanos de “macacos” e dito que eles “só servem para fazer sexo, não para trabalhar”.
A partir das denúncias, a Corregedoria do Itamaraty abriu uma investigação que resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por parte de Fábio Franco, no último dia 8. O procedimento administrativo é aplicado quando há irregularidades consideradas “de menor potencial ofensivo”.
De acordo com o jornal, no documento, o embaixador declarou “reconhecer a inadequação da sua conduta” e se comprometeu a cumprir deveres e proibições previstos em lei para servidores. Com isso, Fábio Franco retornará ao Brasil dois anos antes do previsto, e o caso será encerrado. Fábio e Shirley Franco não se manifestaram até o momento.
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