Embaixada dos EUA cobra de Maduro libertação de opositores
O ditador deve "parar de ameaçar e deter o povo venezuelano por exercer os seus direitos constitucionais", disse a representação diplomática
Em post divulgado nas suas redes sociais, a Embaixada dos EUA em Caracas exortou o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), a libertar os opositores que prendeu por apontarem a fraude cometida pelo regime chavista na eleição presidencial de 28 de julho.
Atualmente, Washington e Caracas não têm embaixadores nas suas representações diplomáticas na Venezuela e nos EUA; a embaixada americana na capital venezuelana é comandada pelo chefe de missão Francisco Palmieri.
A nota da representação dos EUA também afirma que Maduro deve, entre outros pontos, “parar de silenciar” os jornalistas que afirmam que o candidato da oposição, Edmundo González, ganhou as eleições. Também deve parar de impor bloqueio ao X e ao WhatsApp na Venezuela e de rejeitar as atas de votação legítimas que demonstram a vitória dos oposicionistas.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já havia reconhecido a vitória eleitoral de González na semana passada.
Leia abaixo a íntegra da nota da Embaixada dos EUA em Caracas:
“Maduro e os seus representantes devem parar de ameaçar e deter o povo venezuelano por exercer os seus direitos constitucionais e libertar imediatamente os milhares de venezuelanos detidos, incluindo María Oropeza, Edni López, Fernando Feo Enríquez, Américo De Grazia, Williams Dávila, Rocío San Miguel, Fredy Superlano, Dignorah Hernández, Henry Alviarez e Javier Tarazona.
Além disso, Maduro deve parar de:
* Silenciar os jornalistas que relatam que @EdmundoGU [perfil de Edmundo González na rede social X] ganhou as eleições.
* Bloquear o X e o WhatsApp.
* Cancelar os passaportes de quem apoia a democracia.
* Rejeitar as atas de votação legítimas — https://resultadosconvzla.com —, publicando as atas do CNE [Conselho Nacional Eleitoral].
Estas ações apenas isolam ainda mais a Venezuela das nações democráticas do hemisfério e da comunidade internacional. Somente através do diálogo, e não da repressão, a Venezuela poderá regressar às normas democráticas. Apoiamos os direitos humanos e políticos universais do povo venezuelano e instamos Nicolás Maduro a fazer o mesmo.
– FLP [Francisco L.Palmieri, chefe de missão dos EUA em Caracas]”
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