Em Paris, influencer é julgada por defender o terrorismo
Promotor pediu 10 meses de prisão para influencer francesa que zombou da morte de um bebê assassinado pelo Hamas. O julgamento ocorreu em Paris, em 22 de novembro.
Promotor pediu 10 meses de prisão para influencer francesa que zombou da morte de um bebê assassinado pelo Hamas. O julgamento ocorreu na 17ª câmara do tribunal criminal de Paris, em 22 de novembro.
Warda Anwar foi detida em 10 de novembro por fazer apologia ao terrorismo e por postar um vídeo ironizando a morte de um bebê que teria sido morto dentro de um forno após a invasão do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
Os vídeos, publicados no começo de novembro, foram alvo de 69 queixas na plataforma Pharos, que recebe denúncias de conteúdos e comportamentos ilegais online.
No primeiro vídeo, gravado em um quarto de hotel, Warda A. faz pose enquanto fala: “Há algo me incomodando. Vou lhes dizer o que vai no fundo dos meus pensamentos. Cada vez que me deparo com a história do bebê que foi colocado no forno [durante os ataques do Hamas em 7 de outubro em Israel], me pergunto se colocaram sal, pimenta ou tomilho.
Um pouco mais tarde, em sua conta no Snapchat, ela voltou a comentar a guerra no Oriente Médio nos seguintes termos: “O Hamas não é um movimento terrorista. Quem nunca lutou em guerras? Quem não exterminou pessoas? Quem não colonizou? O Hamas é um movimento político com um braço armado que defende a Palestina. Devemos defender essas pobres pessoas! Pare de ser manipulado. Em algum momento as coisas têm que mudar, temos que respeitar a opinião dos outros! »
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, cresce exponencialmente os casos de antissemitismo na França, já tendo sido registrados quase 2 mil casos. Em contrapartida, foram abertas apenas cerca 330 investigações, segundo o Ministério da Justiça, e proferidas entre 20 e 30 condenações.
A Alemanha também vê ressurgir o antissemitismo como consequência da guerra Israel-Hamas, mas as autoridades alemãs têm agido com mais rigor.
Na manhã dessa quinta, 23 de novembro, houve operações da polícia em busca de apoiadores do Hamas em quatro regiões diferentes da Alemanha: “Continuamos a nossa ação consistente contra os islâmicos radicais. Ao proibir o Hamas e Samidoun na Alemanha, enviamos um sinal claro de que não toleramos qualquer pedido de desculpas ou apoio ao terror bárbaro do Hamas contra Israel”, disse a ministra federal do Interior, Nancy Faeser, em comunicado oficial.
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