Em Londres, ato contra o antissemitismo reúne mais de 60 mil
Os organizadores consideraram a manifestação o maior ato contra o antissemitismo em Londres desde a Batalha de Cable Street, em 1936.
Um dia após o conturbado ato de protesto pró-Palestina, cerca de 60 mil pessoas foram às ruas de Londres expressar solidariedade aos judeus e apoio a Israel.
Os organizadores consideraram a manifestação o maior ato contra o antissemitismo em Londres desde a Batalha de Cable Street, em 1936.
O chefe executivo da Campanha Contra o Antissemitismo disse que a manifestação ocorreu depois de semanas de protestos pró-Palestina que fizeram da capital uma “zona proibida para os judeus”.
O ex-primeiro-ministro Boris Johnson esteve presente, com sua esposa e sua bebê. Também participaram o ministro da segurança, Tom Tugendhat, e algumas celebridades britânicas.
Tommy Robinson, ativista de extrema direita, fundador da English Defense League, foi preso durante a marcha, após se recusar a cumprir ordem policial de dispersão.
Na manifestação, além de bandeiras de Israel e da Grã-Bretanha, havia cartazes com os dizeres “Nunca mais é agora” e “Tolerância zero para os antissemitas”.
Falando na Praça do Parlamento, o rabino-chefe Sir Ephraim Mirvis fez a seguinte declaração:
“Desde 7 de outubro temos testemunhado aqui, no Reino Unido, um aumento alarmante do antissemitismo, mas não seremos intimidados. Apelamos ao fortalecimento da coesão comunitária e teremos sempre orgulho de defender os melhores valores britânicos.”
Por sua vez, Gideon Falter, executivo-chefe da Campanha Contra Antissemitismo, afirmou:
“A triste verdade é que os judeus não se sentem seguros na nossa capital. É por isso que a marcha de hoje, que atraiu dezenas de milhares de pessoas na maior reunião contra o antissemitismo desde a Batalha de Cable Street, há uma vida atrás, em 1936, foi tão importante. A voz da decência foi ouvida hoje e é uma voz que exige ação. Os judeus britânicos não acreditam que a polícia trate os crimes de ódio antissemitas como outras formas de crimes de ódio. Já passou da hora de a polícia provar que eles estão errados.”
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