Elon Musk causa nova polêmica ao verificar contas de terroristas no X
A plataforma X aceitou a verificação de contas ligadas a grupos terroristas
Elon Musk, CEO da SpaceX, Tesla e proprietário do X, provocou uma nova polêmica ao aprovar a verificação de contas associadas aos Houthis do Iêmen. O grupo, conhecido por ataques contra Israel, os Estados Unidos e o Reino Unido no Mar Vermelho, recebeu o selo azul de verificação na rede social, junto a outros membros de organizações terroristas.
O Technology Transparency Project, dos Estados Unidos, identificou que uma conta ligada ao Ansar Allah, outro nome para o grupo Houthi do Iêmen, pagou pela verificação e recebeu o selo azul. Além disso, foi descoberto que contas ligadas a membros do Hezbollah também foram verificadas, pagando a taxa padrão de US$ 8 por mês. A conta sob o nome de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, também foi verificada.
Katie Poole, diretora do Transparency Project, comentou ao New York Times que esse movimento indica uma “perda de controle sobre sua plataforma” por parte de Musk. A monetização das marcas de verificação azuis por Musk, após adquirir o Twitter em 2022, já havia sido uma mudança controversa, com críticos argumentando que isso agravaria problemas de desinformação e vulnerabilidade a personificações.
Ian Bremmer, presidente do Eurasia Group, havia alertado sobre a possibilidade de tal risco em novembro de 2023. Ele argumentou que a visão de Elon Musk para o X como um espaço de “debate livre” poderia facilitar a proliferação de desinformação e extremismo.
Bremmer destacou a falta de experiência de Musk em gerenciar uma plataforma de mídia social e a demissão da equipe de curadoria de conteúdo como sinais preocupantes de que o X poderia se tornar um terreno fértil para o extremismo.
Visita a Auschwitz e Debate sobre Antissemitismo Online
Após intensas críticas à forma como o X lida com postagens antissemitas, o bilionário da tecnologia Elon Musk visitou o campo de concentração de Auschwitz em 17 de novembro de 2023. A visita ocorreu algumas semanas depois de Musk se desculpar por endossar uma teoria da conspiração antissemita. Líderes judeus instaram Musk a visitar um dos locais mais emblemáticos do Holocausto.
Após Musk endossar uma postagem antissemita, empresas como Apple, Disney e IBM suspenderam seus anúncios no X. Musk reagiu acusando os anunciantes de tentarem “chantageá-lo” financeiramente, expressando seu desdém com palavrões.
Musk enfrentou acusações de antissemitismo em novembro, ao responder a uma postagem no X que falsamente alegava que as comunidades judaicas incitavam ódio contra brancos, chamando o endosso de “uma das coisas mais tolas” que fez na plataforma.
O Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau já criticou o X por falhar inicialmente em remover uma postagem negando o Holocausto. Musk defendeu seu histórico de combate ao ódio online e ameaçou processar a Liga Anti-Difamação por acusações de que o discurso racista aumentou no site desde sua aquisição.
O X também está processando a ONG Media Matters, acusada de permitir postagens antissemitas ao lado da publicidade, alegando que a ONG usou dados “manipulados” em uma tentativa de “destruir” a plataforma.
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