Efeitos do El Niño no sul da África

08.04.2025

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Efeitos do El Niño no sul da África

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4 minutos de leitura 18.08.2024 17:45 comentários
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Efeitos do El Niño no sul da África

Os devastadores efeitos do El Niño no Sul da África em 2024, levando 17% da população à insegurança alimentar e à desnutrição.

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Efeitos do El Niño no sul da África
Créditos: depositphotos.com / IraGirichBO

Os habitantes de Mudzi, no Zimbábue, estão enfrentando dificuldades extremas para obter água potável para seus animais devido a uma seca severa. Esta seca, induzida pelo fenômeno El Niño, tem levado à desnutrição entre crianças menores de cinco anos, gestantes, mulheres lactantes e adolescentes. O cenário é um reflexo da situação crítica que atinge toda a África Austral.

Em 17 de agosto de 2024, o bloco regional Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) informou que cerca de 68 milhões de pessoas na região estão sofrendo com a seca causada pelo El Niño. Este evento climático começou no início de 2024 e devastou tanto a produção agrícola quanto a pecuária, resultando em escassez de alimentos e prejudicando as economias locais.

Causas e Impactos da Seca Induzida pelo El Niño

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A seca de 2024 é considerada a pior dos últimos anos no sul da África. A combinação do El Niño – que envolve um aquecimento anormal das águas no leste do Pacífico, alterando os padrões climáticos globais – com temperaturas médias aumentadas devido às emissões de gases de efeito estufa, intensificou os efeitos da seca.

Países como Zimbábue, Zâmbia e Malaui já declararam a crise de fome como estado de desastre, enquanto Lesoto e Namíbia clamam por apoio humanitário. A temporada de chuvas de 2024 foi marcada por um início tardio das precipitações, exacerbando as dificuldades enfrentadas pela população local.

Quais as Consequências Econômicas e Sociais da Seca?

A seca induzida pelo El Niño não apenas dizimou as colheitas, mas também afetou a produção pecuária, causando uma crise alimentar significativa. Com isso, as necessidades emergenciais aumentaram, e aproximadamente 17% da população da região necessita de ajuda humanitária. O impacto nas economias locais é drástico, levando a um aumento da pobreza e da insegurança alimentar.

  • Desnutrição infantil: Crianças abaixo de cinco anos estão entre os mais afetados.
  • Comprometimento da saúde: Gestantes e lactantes enfrentam grandes riscos de saúde.
  • Dependência de assistência: Muitos países pedem ajuda externa para lidar com a crise.

Qual a Resposta da Comunidade Internacional?

Durante a cúpula realizada na capital do Zimbábue, Harare, líderes dos 16 países membros da SADC discutiram a situação crítica de segurança alimentar. Elias Magosi, secretário executivo da SADC, enfatizou a importância de ajuda internacional para enfrentar os desafios impostos pela seca.

Em maio de 2024, a SADC lançou um apelo por US$ 5,5 bilhões em assistência humanitária para apoiar a resposta à seca. No entanto, até o momento, as doações recebidas estão abaixo do necessário, conforme declarou Joao Lourenco, presidente de Angola e atual presidente da SADC. Lourenco reiterou o apelo aos parceiros regionais e internacionais para intensificar seus esforços e ajudar as populações afetadas.

Perspectivas Futuras e Necessidade de Ação Imediata

A seca induzida pelo El Niño é um tema central na cúpula deste ano, juntamente com outros problemas regionais, como o conflito contínuo no leste da República Democrática do Congo. Para combater os efeitos devastadores da seca, é crucial que as nações afetadas recebam apoio rápido e substancial da comunidade internacional.

Os países da SADC devem trabalhar juntos para implementar estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de buscar soluções sustentáveis que reduzam a vulnerabilidade da região a fenômenos climáticos extremos no futuro.

No entanto, sem um esforço coordenado e a solidariedade internacional, milhões continuarão a sofrer as consequências da atual crise. A colaboração é essencial para garantir a segurança alimentar e proteger as populações mais vulneráveis.

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