Efeito Milei: governo desvaloriza dólar e paralelo dispara na Argentina
Um dia depois de Javier Milei, o "Bolsonaro argentino", vencer as primárias presidenciais do país, Buenos Aires vive (mais um) dia de caos econômico. O país, já mergulhado em uma profunda crise financeira, viu o governo desvalorizar o dólar oficial em 20%...
Um dia depois de Javier Milei, o “Bolsonaro argentino”, vencer as primárias presidenciais do país, Buenos Aires vive (mais um) dia de caos econômico. O país, já mergulhado em uma profunda crise financeira, viu o governo desvalorizar o dólar oficial em 20%, levando a cotação a 365,2 pesos por dólar. No entanto, o dólar blue, principal cotação paralela no país, alcançou a máxima histórica de 695 pesos por dólar nesta segunda-feira (14).
Os títulos argentinos caíam, às 13h, cerca de 12%. O título para 2030 caía 12,4% em relação à cotação de sexta-feira. O risco-país subiu a 1.914 pontos (para comparação, o risco-país brasileiro hoje está em 204 pontos)
O Banco Central da Argentina (BCRA), antevendo o agravamento da crise com o Fundo Monetário Internacional (FMI), aumentou a taxa básica de juros em 21 pontos percentuais, com os títulos agora em 118% (no Brasil, o Banco Central fixou a Selic em 13,25%). O anúncio veio horas depois de confirmada a surpreendente vitória de Milei, economista de direita radical que se notabilizou por aparições controversas em programas de televisão.
A direita radical surpreendeu enquanto pré-candidatos mais votados da situação peronista e da centro-direita tiveram dificuldade para passar dos 20%.
O candidato da situação é atual ministro da Economia de Alberto Fernández, Sergio Massa. Ele teve 21,47% dos votos. Já a coalizão Juntos por El Cambio (Juntos Pela Mudança), comandada pelo ex-presidente Mauricio Macri, teve 28,27% divididos entre dois pré-candidatos: a linha-dura Patricia Bullrich, do partido Proposta Republicana e o moderado Horacio Rodríguez Larreta. Bullrich venceu Larreta com apenas 16,75% dos votos.
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