Edmundo González deixa a Venezuela e recebe asilo político da Espanha
Líder opositor chegará neste domingo ao país europeu para iniciar seu exílio diante da perseguição do regime de Nicolás Maduro
Edmundo González Urrutia (foto), candidato da oposição venezuelana, deixou a Venezuela no sábado, 7 de setembro, com destino à Espanha após solicitar asilo político ao país europeu. Segundo o Ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, o opositor embarcou em um avião da Força Aérea Espanhola.
“Edmundo González, a seu pedido, voa para a Espanha em um avião da Força Aérea Espanhola. O Governo de Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”, escreveu Albares no X.
González Urrutia chegará neste domingo ao país europeu para iniciar seu exílio diante da perseguição do regime de Nicolás Maduro.
A saída do candidato da oposição ocorreu depois de ele ter passado vários dias refugiado na Embaixada da Espanha em Caracas, onde solicitou asilo político diante das ameaças e perseguições do regime venezuelano.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou que González Urrutia deixou o país com o aval do regime.
Segundo a aliada de Maduro, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país”.
Ela disse ainda que “essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana”.
O líder da oposição deixou a Venezuela na companhia da sua esposa, Mercedes.
Chavismo ordena prisão de Edmundo González
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou na última segunda-feira, 2 de setembro, que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu María Corina nas redes sociais.
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