Edmundo González a Maduro: “Crime é não aceitar a vontade do povo”
Candidato presidencial da oposição gravou um vídeo direcionado ao ditador venezuelano e pediu fim da violência e das perseguições
O candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González (foto), divulgou neste sábado, 10 de agosto, um vídeo direcionado ao ditador Nicolás Maduro e pediu “em nome dos venezuelanos: pare a violência, as perseguições e liberte os compatriotas detidos arbitrariamente”.
“Exigir o cumprimento da Constituição não é crime. Protestar pacificamente para que se respeite a vontade de milhões de venezuelanos não é crime. Ser testemunha eleitoral, cuidar das atas e divulgá-las não é crime. Informar o ocorrido no domingo, 28 de julho, não é crime. Crime é não aceitar a vontade do nosso povo. Crime é fazer desaparecer, perseguir, prender e condenar injustamente centenas de cidadãos inocentes. Crime é reprimir brutalmente manifestantes pacíficos. Chega de perseguição e violência. Chega de tentar semear o terror. Chega de desrespeitar a vontade de mudança dos venezuelanos. Aceite o que nosso povo expressou e comecemos a tirar o país desta crise. Queridos venezuelanos, seguirei ao seu lado, defendendo a verdade e a mudança pacífica. Viva a Venezuela livre! Glória ao povo corajoso!”
O procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, Tarek William Saab, anunciou no início da semana a abertura de uma investigação sobre os líderes da oposição, María Corina Machado e Edmundo González.
A ação do PGR de Maduro se dá após María Corina e González publicarem uma carta pedindo às Forças Armadas que “se coloquem ao lado do povo” e reconheçam a eleição do opositor. González assinou a carta como “presidente-eleito”.
A ditadura chavista, que controla as autoridades eleitorais, não liberou as atas das seções eleitorais, quase duas semanas após o pleito. Enquanto isso, apuração da base de María Corina e González aponta vitória do candidato opositor com 67% dos votos.
A PGR de Maduro investiga os líderes opositores pelos crimes de “Usurpação de Funções, Divulgação de Informação Falsa para Causar Angústia, Instigação à Desobediência de Leis, Instigação à Insurreição, Associação à prática de Crime e Conspiração”.
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