“É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel” “É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel”
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“É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel”

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Felipe Moura Brasil
5 minutos de leitura 24.06.2024 05:45 comentários
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“É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel”

Netanyahu explica troca de farpas com os EUA; e seu gabinete reitera objetivo de libertar 120 reféns

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Felipe Moura Brasil
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“É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel”
Imagem: IA por Alexandre Borges

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu a seguinte nota na noite de domingo, 23:

“É o Hamas que se opõe a um acordo, não Israel. O primeiro-ministro Netanyahu deixou claro que não sairemos de Gaza até devolvermos todos os 120 reféns, vivos e mortos.”

Na reunião semanal do governo, na qual tratou dos combates ao Hamas no sul e ao Hezbollah no norte, Netanyahu falou de suas nomeações para a Autoridade Tekuma, cuja função é reconstruir as comunidades israelenses próximas à Faixa de Gaza e ao Líbano, respectivamente:

“Estamos empenhados em devolver os residentes do sul e do norte em segurança às suas casas, e em reconstruir e reabilitar as comunidades e fazer avançar o norte e o sul em todas as áreas.

Para este fim, decidi nomear o major-general Yiftach Ron-Tal para chefiar a Autoridade Tekuma no sul; e o vice-almirante Eliezer Marom para chefiar a autoridade no norte.

Tenho certeza de que ambos farão um excelente trabalho. Estou também certo de que todos os ministros do governo darão a eles total apoio no seu importante trabalho.”

Qual foi a explicação de Netanyahu para a troca de farpas com os EUA?

Netanyahu também explicou a troca de farpas com o governo dos Estados Unidos, ocorrida ao longo da semana passada a partir de um vídeo publicado por ele:

“Agradeço imensamente o apoio do presidente [Joe] Biden e do governo americano a Israel. Desde o início da guerra, os EUA têm nos dado apoio moral e material – meios defensivos e ofensivos.

Mas há quatro meses houve uma diminuição dramática nas munições que chegavam dos EUA a Israel. Durante longas semanas, recorremos aos nossos amigos americanos e solicitamos que os envios fossem agilizados. Fizemos isso uma e outra vez.

Fizemos ao mais alto nível e a todos os níveis, e quero sublinhar que o fizemos à porta fechada. Recebemos todo tipo de explicações, mas a situação básica não mudou. Certos itens chegaram esporadicamente, mas as munições em geral permaneceram para trás.

Depois de meses em que não houve mudança nesta situação, decidi dar expressão pública ao caso. Fizemos isso com base em anos de experiência e no conhecimento de que essa etapa era vital para eliminar o gargalo.

Esperava que isto implicasse ataques pessoais contra mim, em nível interno e externo, como aconteceu quando me manifestei contra o acordo nuclear com o Irã; como aconteceu – e como está acontecendo – quando me opus repetidamente à criação de um Estado terrorista palestino.

E como está acontecendo agora, quando me oponho ao fim da guerra enquanto o Hamas permanecer no poder. Mas estou disposto a absorver ataques pessoais em nome do Estado de Israel.

Como primeiro-ministro de Israel, a minha função é fazer tudo para garantir que os nossos heroicos combatentes recebam as armas de que necessitam.

À luz do que ouvi nas últimas 24 horas, espero e acredito que esta questão será resolvida num futuro próximo.

Mas gostaria de enfatizar, e já disse isso aos nossos amigos americanos, que há um item que temos e que será sempre decisivo: o heroísmo e a determinação dos nossos combatentes – e com esta arma, venceremos.”

Qual foi a troca de farpas entre EUA e Israel?

Na terça, 18, Netanyahu publicou um vídeo, dizendo ser “inconcebível que, nos últimos meses, o governo [Biden] tenha retido armas e munições”. “Deem-nos as ferramentas e terminaremos o trabalho, muito mais rápido”, cobrou e garantiu o primeiro-ministro israelense.

No mesmo dia, Blinken declarou que apenas “uma remessa” de bombas pesadas estava “sob revisão”, em razão de “preocupações com seu uso em uma área densamente povoada como Rafah”; mas que “todo o resto está se movendo” normalmente.

Na quinta, 20, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, foi mais incisivo contra Netanyahu.

“Não sabíamos que aquele vídeo estava chegando. Foi no mínimo desconcertante. Não há qualquer outro país que tenha feito mais ou continuará a fazer mais do que os Estados Unidos para ajudar Israel a se defender. Esses comentários foram profundamente decepcionantes e irritantes para nós.”

Kirby disse não ter “nem ideia” da motivação.

“Você teria que conversar com o primeiro-ministro sobre o que o levou a fazer isso. Mais uma vez: foi irritante e decepcionante para nós, tanto quanto incorreto. Então, é difícil saber exatamente o que ele estava pensando ali.”

No mesmo dia, Netanyahu reagiu no X:

“Estou disposto a absorver ataques pessoais se isso for necessário para Israel obter as armas e munições de que necessita na guerra pela sua sobrevivência.”

Ainda no dia 20, altos funcionários de Israel e Estados Unidos se reuniram em Washington para discutir a relação entre os países e o modo de lidar com as ameaças terroristas.

Participaram das reuniões, pelo lado israelense, o conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer; e, pelos EUA, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o secretário de Estado, Antony Blinken.

O arsenal do Hezbollah, com 150 mil foguetes mais modernos e potentes que os do Hamas, preocupa os dois países democráticos, porque pode sobrecarregar o sistema de defesa aérea Iron Dome (o “Domo de Ferro”), deixando Israel tão vulnerável quanto ficaram diversas cidades da Ucrânia diante dos bombardeios russos.

  • Leia também:

“EUA e Israel trocam farpas, mas mantêm ‘compromisso de ferro’ contra o terror”.

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